As operadoras móveis virtuais (MVNOs) fecharam o mês de julho com 5,6 milhões de linhas ativas no Brasil e registraram um crescimento anual de 31% na comparação do segundo trimestre de 2024 com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Teleco.
De acordo com a consultoria, 2,2% dos celulares no Brasil são de MVNOs. Em outros países, contudo, essa mesma taxa pode superar os 5%. Isso significa que "o potencial de crescimento das MVNOs no Brasil é grande", declara a Teleco.
O levantamento da consultoria não inclui as credenciadas da Vivo, Claro e TIM. No cálculo do levantamento da Teleco, entraram apenas as MVNOs autorizadas – que operam com maior independência e têm autorização para prestação do Serviço Móvel Pessoal (SMP) expedida pela Anatel. As principais players do mercado são Datora, Surf Telecom, NLT, Telecall e Vero.
Internet das Coisas
Dos 5,6 milhões de acessos de MVNOs no Brasil, 4,7 milhões são de chips usados para comunicação do tipo machine to machine (M2M) e terminais de ponto de serviço (também chamados de PoS, que estão em máquinas de cartão, por exemplo).
Considerando todo o mercado de Internet das Coisas (IoT), as MVNOs fecharam o mês de julho com 20,1% desse mercado. A Datora lidera nesse segmento: 2,6 milhões das linhas M2M de MVNOs são dela.
"Ao contrário do que ocorreu em outros países do mundo, o foco das MVNOs no Brasil está no mercado B2B de comunicação de dados entre máquinas (M2M) para IoT e não no consumidor. Em julho de 2024, 84,2% do total dos celulares das MVNOs eram M2M para IoT", destaca o levantamento da Teleco.
Linhas humanas
Já quando se fala nas linhas de MVNOs utilizadas em smartphones, o universo de assinantes ativos é bem menor: 890 mil. Desse total, 524 mil usuários estão na modalidade pré-pago.
No pós-pago, considerado o ativo mais valioso para as operadoras, o número de acessos celulares de MVNOs cresceu 54% entre janeiro de 2024 e julho de 2024 – totalizando 366 mil celulares.