Durante o Fórum Internacional de Cultura e Compliance Corporativo Angola, que reúne 32 especialistas para tratar de temas como conflito de interesses, riscos reputacionais, due diligence, transformação digital, governança corporativa e integridade institucional, a Vice-presidente de Compliance, Governança e Sustentabilidade da Oi, Renata Bertele destacou que "o compliance dentro de uma empresa está intrinsecamente associado ao jeito de se comportar como um cidadão, como uma pessoa e um indivíduo. Se isso não for considerado, muito será feito e poucos resultados na verdade, efetivos, a gente vai colher durante essa jornada". O evento foi organizado pela PCBS Campus – PetroShore Compliance Business School, a primeira Business School especializada em Compliance por subscrição para os países de África, Portugal, México e Brasil.
A executiva destacou que a Oi tem investido em programas estratégicos pautados em valores, condutas e integridade. "Na nossa organização, o 'como' é tão importante quanto 'o quê' geramos. Então, a evolução que a gente espera desse mundo corporativo e dessa sociedade está na mão de cada indivíduo. Somos uma empresa que valoriza o colaborador cidadão acima de qualquer resultado", disse Renata Bertele, única brasileira a representar uma empresa de telecomunicações no encontro. Ela destacou, ainda, iniciativas como a criação do Código de Ética e Conduta, do Comitê de Integridade, as ações de Gestão de Riscos, as Políticas de Procedimentos desenvolvidos, e do Programa de Conformidade, que também fazem parte do capítulo de construção da Nova Oi, prestes a colocar um ponto final em um complexo processo de Recuperação Judicial.
A companhia, disse Bertele, está desenvolvendo seu Programa de Conformidade voltado principalmente para as pessoas e suas atitudes. "São as pessoas que fazem a Oi. As pessoas têm o poder de fazer essa transformação. Então, a reflexão que eu compartilho é: as decisões são tomadas nas nossas organizações por pessoas e quando elas tomam decisões a partir de um processo de reflexão sobre o impacto delas no dia a dia, no cotidiano nas nossas organizações, é que muda de fato a forma como a organização gera o resultado", disse.
Segundo Renata Bertele, há um equívoco em achar que a responsabilidade do Compliance está limitada à uma área dentro de uma organização. "O papel e a função da área de Compliance dentro das organizações é conseguir estabelecer perímetros, é fazer os contornos, é dar as orientações, é trazer para a mesa as discussões, mas o Compliance está na organização como um todo", explicou, ressaltando que a Oi tem como direcionadores o Código de Ética e Conduta, o Comitê de Integridade, as Leis e Regulamentos, os Riscos identificados e as Políticas e Procedimentos. "Toda vez que nós entendemos que precisamos de um direcionador, é nessas fontes que nos baseamos para tomar nossa decisão", disse a executiva.
"Existe ainda um estereótipo de que o Compliance trabalha como auditor, como alguém que vai julgar, como alguém que vai aplicar somente uma medida disciplinar. Então, o nosso tom de voz é a simplicidade do dia a dia, é mudar discursos duros e impositivos por discursos de acolhimento e ajuda, sempre nos colocando no lugar do outro", completou.
Os conteúdos de todas as apresentações estão disponíveis para download ( https://courses.pcbscampus.com/courses/take/compliance-week/multimedia/38536930-conformidade-na-pratica).
Telecom ESG
Renata Bertele é uma das palestrantes confirmadas no evento Telcom ESG, que acontece digitalmente no dia 4 de outubro e é organizado pela TELETIME. O evento, gratuito, discute como a agenda ESG está inserido nas práticas e condutas das operadoras de telecomunicações e os benefícios sociais e econômicos de empresas comprometidas com a agenda da inclusão, responsabilidade social, governança corporativa e sustentabilidade. Mais informações pelo site do evento.