Uma assembleia geral de debenturistas da Copel não conseguiu aprovar a venda da Copel Telecom. Realizada na última segunda-feira, 14, de forma digital, a reunião convocou os titulares de 76,89% do total de debêntures da distribuidora paranaense. A ordem do dia era o consentimento prévio para a alienação do ativo de telecomunicações, segundo ata divulgada ao mercado nesta quarta-feira, 16.
Uma parcela, representando 76,03% das debêntures em circulação, aprovou o consentimento prévio para a realização da venda. Porém, outras partes, mesmo que os debenturistas que representavam 36,90% e 39,13%, respectivamente, tenham aprovado (com a condição de aprovação coletiva), houve falta de quórum.
Assim, "diante da não aprovação e da inclusão de condicionante que não atende a todos os objetivos da companhia", a Copel poderá convocar uma nova assembleia geral de debenturistas para voltar a apreciar o item.
A proposta de venda da Copel Telecom será feita pela transferência das ações de emissão da subsidiária, precedida da transferências dos negócios de data center, com ativos e passivos, e outros ativos. A alienação prevê a seguinte estrutura:
- Cisão parcial e versão de parte ou todo o acervo objeto para as sociedades do grupo Copel;
- Redução do capital, com restituição para acionista Copel de parte ou todo, e posterior conferência ao capital social pela controladora em outras sociedades do grupo;
- e/ou doação, sem encargos, de todos ou parte do acervo pela Copel Telecom para as sociedades do grupo Copel.
A controladora Copel aprovou a venda da subsidiária de telecomunicações em julho. A companhia espera realizar o leilão ainda neste ano, concluindo a privatização no primeiro trimestre de 2021.