Modelo brasileiro de Internet móvel gratuita deve ser exportado, prevê Qualcomm

Este ano, as quatro maiores operadoras móveis brasileiras se juntaram em uma oferta inédita no mundo: o acesso gratuito aos aplicativos móveis do Bradesco, com o custo pago pelo banco, como se fosse um acesso patrocinado. A ideia de uma Internet móvel gratuita começou a ser discutida no Brasil em 2012, à época por uma iniciativa da Qualcomm. A fabricante de chipsets agora espera que o modelo seja adotado por outras marcas no País, principalmente nas áreas de educação e varejo, e que seja exportado para outros mercados onde a base pré-paga represente mais da metade do total, como na África e no sudeste asiático. "O Brasil é onde as conversas andaram mais rapidamente, mas temos todo o interesse em transformar essa inovação brasileira em algo mundial 'made in Brazil'", comenta o diretor de novos negócios da Qualcomm no Brasil, Oren Pinsky.

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O executivo explica que a receptividade das marcas brasileiras foi bastante positiva à ideia. Ele prevê que, além do setor bancário, haverá iniciativas nas áreas de varejo, atendimento ao cliente, mobile marketing, educação e automação de força de vendas. "Um banco pode atender seus clientes de maneira mais barata que em canais tradicionais. Um varejista consegue que o consumidor navegue por mais tempo em sua vitrine virtual. Mas o modelo também serve para campanhas temporárias, com começo, meio e fim, como o acesso ao site de uma promoção específica", sugere Pinsky.

Do lado das operadoras, o modelo comercial também agradou, pois gerou uma receita incremental, proveniente das marcas que bancam o custo de dados para acesso a seus apps e sites móveis, além de baratear a aquisição de novos clientes de Internet móvel.

Pinsky explica que a Qualcomm se beneficia indiretamente de duas formas ao promover ideias como essa: 1) aumenta a penetração de banda larga móvel no Brasil; 2) ao perceberem o valor da banda larga móvel, usuários começam a demandar chipsets melhores.

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