Vídeos online devem render US$ 2,75 bilhões em 2008

A grande aposta para a Internet são os vídeos online, que somaram 7,5 bilhões de streams até maio de 2008 (Fonte: Nielsen) e proporcionaram revenues globais (publicidade e acordos de licenciamento) em 2007 de US$ 1,65 bilhão, segundo dados da Bernstein Research. Os dados foram apresentados por Larry Gerbrandt, da Media Valuation Partners, durante palestra do Congresso TV 2.0, evento que acontece até a terça-feira, 17, em São Paulo, com promoção das revistas TELA VIVA e TELETIME.
A projeção é que este número continue crescendo e chegue a US$ 9,96 bilhões em 2012. Gerbrandt diz que, embora o mercado de vídeo online ainda seja pequeno em faturamento, deve ser o meio de crescimento mais rápido em 2009, com 45% de crescimento em relação a 2008 (projeção da Magana Global).

Conteúdos de TV são preferidos

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Do montante atual (em 2008 a projeção é de US$ 2,75 bilhões), dois terços são provenientes de conteúdo de televisão. Essa preferência por conteúdo profissional produzido pelas redes pode ser notada quando se examina um gráfico de audiência da TV em relação à Internet, especialmente no horário nobre. "A TV tem uma vantagem significante sobre a Internet no horário nobre. Depois das oito da noite, as pessoas não querem mais interagir. Querem apenas sentar em frente à TV", disse Gerbrandt.
A supremacia da televisão também pode ser notada no share da audiência de vídeos, quando consideradas as diferentes mídias. De acordo com estimativas da Nielsen, 98,93% dos vídeos são vistos na televisão de casa, enquanto 1,03% são vídeos online e outros 0,04% são vídeos de dispositivos móveis.
"A TV tradicional vai perder participação na audiência com o tempo, mas o total do bolo de audiência vai crescer como resultado das plataformas emergentes", afirmou Gerbrandt.
O consultor aponta também que, em relação ao público que assiste a esses vídeos, a surpresa está no fato de que a principal audiência dos vídeos online são os adultos na faixa de 18 a 34 anos, enquanto os jovens de 12 a 17 estão mais interessados em vídeos em seus dispositivos móveis, "provavelmente impulsionados pelo iPhone", na opinião de Gerbrandt.
Entre o tipo de conteúdo mais assistido na Internet via streaming, uma pesquisa da Nielsen aponta para o conteúdo gerado pelo usuário, que representa 49% do bolo. Outros 9% são de televisão broadcast, 1% de conteúdo de cinema e 42% de outros (notícias, música, "como fazer" etc).

Publicidade

Gerbrandt diz que os publicitários devem fazer algumas considerações quanto à publicidade na Internet, especialmente nos vídeos. Esses vídeos, tantos os vistos em computadores quanto em dispositivos móveis, são consumidos em pedaços menores, mais curtos. Sobre o comercial de 30 segundos, ele diz que se veiculado como pre-roll (antes do vídeo principal) perde a sua atratividade rapidamente. O comercial de 30 segundos, ou o de 15, segundo Gerbrandt, tem uma capacidade sem igual de contar histórias. "Por outro lado, se os consumidores puderem pular esse tipo de comercial, eles o farão", adverte. Para Gerbrandt, a grande mudança se dará quando a banda larga móvel se solidificar. "Em casa, o aparelho de TV é vencedor. A grande mudança ocorrerá quando a TV estiver ligada à banda larga".

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