Para Blinkx, distribuição da TV tradicional fica obsoleta

Sempre que se discute o futuro da televisão e das plataformas de entrega de conteúdos audiovisuais, a questão que fica é: a TV tradicional tem futuro? Esse foi um dos temas discutidos no evento TV 2.0 realizado pelas revistas TELA VIVA e TELETIME esta semana, em São Paulo.
A apresentação de abertura do evento foi feita pela Blinkx, portal de distribuição de conteúdos audiovisuais pela Internet e também desenvolvedora de tecnologias de indexação de conteúdos de vídeo. Para Federico Grosso, vice-presidente da Blinkx, está claro que a TV não tem mais um método de entrega de conteúdos adequado ao dia de hoje, em que a demanda por conteúdos personalizados e não-lineares é crescente, o que não significa que os grupos de TV deixarão de disputar esse mercado. A diferença é que eles entram, cada vez mais, no desenvolvimento dos conteúdos. Perguntado se a Internet canibalizaria a TV, Grosso respondeu: "O método de entrega da TV está se tornando obsoleto, mas a TV segue existindo na produção dos conteúdos". Ele relatou que na experiência da Blinkx, o perfil dos usuários que assistem a vídeos pela Internet não é mais restrito apenas a uma faixa jovem da população. Na verdade, há uma participação de cerca de 22% da audiência na faixa de 18 a 24 anos, 20% na faixa de 25 a 34 anos, 24% na faixa de 35 a 44 anos e 14% na faixa acima de 55 anos de idade. O modelo da Blinkx pressupõe compartilhamento de receita publicitária com os provedores de conteúdo. O portal está iniciando suas atividades no Brasil. Ele acredita que conteúdos pagos, no formato de pay-per-view ou video-on-demand, terão sempre um mercado a explorar, sobretudo o de conteúdos premium, como esportes e acervos, mas o futuro da distribuição de conteúdo será, preponderantemente, gratuito, financiado com publicidade.
Para Grosso, as empresas de telecomunicações têm um papel fundamental nessa nova indústria do audiovisual sobretudo como distribuidoras e fornecedoras das plataformas. Mas ele lembra que existe uma tendência de que essas empresa de telecomunicações também atuem como agregadoras e empacotadoras de conteúdos. O áudio da entrevista com Federico Grosso, vice-presidente da Blinkx, está disponíveis na homepage do site TELETIME e no link www.teletime.com.br/arqs/Audio/2922.mp3

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