Ligga avança 13% na receita do segundo tri, mas segue em prejuízo

Ligga. Foto: Divulgação

A Ligga fechou o segundo trimestre de 2024 com uma receita líquida de R$ 143,1 milhões, crescimento de 13% na comparação com igual período do ano passado. No semestre, o avanço foi similar (+12%), para R$ 278,8 milhões. 

Apesar disso, a empresa apresentou aumento da sua dívida e prejuízo. Os dados da operadora paranaense foram divulgados na última quarta-feira, 14. 

De acordo com a provedora, o aumento da receita passou pelo lançamento de novos produtos e serviços ao longo do ano. Entre as ações ações na primeira metade de 2024, estão o redimensionamento do mix de canal de vendas, com a expansão dos canais digitais, e a revisão de contratos com vendedores terceirizados.

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Esses movimentos levaram a companhia a reduzir o prejuízo líquido na janela trimestral em 16%, para R$ 9,1 milhões agora. Já nos primeiros seis meses do ano, o prejuízo ficou em R$ 21,8 milhões (o que aponta queda de 31%). 

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Ligga ficou em R$ 65,4 milhões no trimestre (+26%), com margem ajustada de 46%. No semestre, a métrica chegou a R$ 130,4 milhões (+24%). 

Por outro lado, a dívida bruta da Ligga chegou a R$ 1,23 bilhão ao final do segundo trimestre. Em 12 meses, a dívida teve um aumento de 14%.

Em abril, a operadora fechou a incorporação total da Nova Fibra, para reduzir custos e despesas administrativas. Já a Horizons foi consolidada pela empresa em 1º de junho, o que contribuiu para integrar toda a vertical de B2B em um único CNPJ, gerando mais eficiência e agilidade nas operações, diz a operadora.

Oportunidades de crescimento

Atualmente, a rede de fibrada Ligga possui extensão superior a 45 mil quilômetros, sendo 93% de fibra própria. Além da atuação no estado paranaense, a expectativa de expansão é motivada pelo avanço em outros estados com a licença do 5G, caso de São Paulo. 

Agora, a empresa trabalha com uma perspectiva favorável para novos aportes. "Vemos uma expectativa favorável para crescimentos nos investimentos, principalmente em função do cenário macroeconômico mais positivo, com arrefecimento da taxa de juros, crescimento do PIB e inflação controlada", afirma o CEO Wendell Oliveira no balanço. 

Hoje, a operadora possui cerca de 273 mil clientes FTTH (fibra até a casa) e 2,08 milhões de HPs (casas passadas). O CEO considera que há um "altíssimo" potencial de crescimento, uma vez que a taxa de adesão (take up) é de apenas 13,1%. 

"Grande destaque nas operações da Ligga está na modelo moderno e eficiente de rede neutra, permitindo rápida expansão geográfica sem o grande dispêndio de capex comumente necessário, isso reduz de forma expressiva o tempo de entrada em novos estados e cidades. Trazendo não somente melhores oportunidades operacionais, mas também permitindo que a companhia dedique maior foco à experiência do cliente", afirma o executivo.

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