Massificação dos serviços depende de compartilhamento de redes, prevê setor

Para massificar o acesso aos serviços de telecomunicações, as operadoras brasileiras precisam aumentar as iniciativas de compartilhamento de redes, prevê Ricardo Distler, da consultoria Accenture.
Na visão dele, a construção e o uso conjunto de redes de telecom reduz os custos das empresas, possibilitando a oferta de serviços a preços mais baixos. "O Brasil tem 50 mil estações radiobase (ERBs), mas apenas 20% da infraestrutura é compartilhada", comentou.
Ele observou que o uso conjunto de redes é mais comum na telefonia móvel, "porque na fixa só há compartilhamento em transmissão". O pensamento de Distler está em linha com o pensamento das operadoras e do governo. Segundo o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, César Alvarez, o governo pretende incentivar esse modelo de operação porque acredita que ele trará benefícios ao mercado. "Faz a competição entre as operadoras ficar apenas na melhor prestação do serviço", afirmou.

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Eduardo Levy, presidente do Sinditelebrasil, entidade que representa as operadoras de telefonia fixa e móvel, disse que vê o compartilhamento de redes como uma tendência mundial, boa para o setor. Entretanto, ele ressaltou que a iniciativa privada é refratária quanto à implantação de redes em conjunto porque "temem a forma como o regulador vai encarar se todas usarem uma rede só".
Já a diretora de relações institucionais da Telefônica, Leila Loria, disse que a empresa avalia a possibilidade de construir redes em conjunto com as demais operadoras. No entanto, ela ressaltou que o grupo ainda não tem um modelo de negócios formatado para atuar com redes compartilhadas. "De qualquer forma nos interessa, pois, avaliamos com atenção todas as possibilidades de reduzir custos", conclui.
Os executivos participaram do 27º encontro Tele.Síntese – Massificação dos Serviços, Redução de custos e Impostos.

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