Oi reduz geração de caixa negativa, mas saldo final diminui 30% em maio

A Oi voltou a apresentar geração de caixa operacional líquida negativa em maio, conforme o relatório mensal do administrador da recuperação judicial da operadora, o Escritório Arnoldo Wald, na quinta-feira, 15. Contudo, foi um volume negativo menor do que o registrado em abril. 

Conforme o balanço, foram R$ 263 milhões negativos em maio, contra R$ 629 milhões em abril. A quantia é fruto do total somado das saídas de caixa e de investimentos no mês.

No entanto, o saldo final do caixa financeiro da Oi observou uma redução de R$ 600 milhões, ou 30,1% comparado ao mês anterior, totalizando R$ 1,395 bilhão. A operadora explica que "a redução do saldo final do Caixa Financeiro está relacionada principalmente aos pagamentos realizados conforme acordado no plano de recuperação judicial. Porém, esta queda no saldo final de caixa financeiro não compromete a execução do plano estratégico de aceleração dos investimentos, principalmente em fibra óptica."

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Houve uma entrada de caixa de R$ 2 milhões com a venda de imóveis. Em operações financeiras, a saída de caixa foi de R$ 339 milhões por conta de pagamento de taxas com a atualização de documentos necessários a partir da aprovação do aditamento ao plano de recuperação judicial. Além disso, a empresa promoveu pagamento de ajuste de hedge e de juros das debêntures simples emitidas em dezembro de 2019.

Detalhes

A Oi investiu R$ 292 milhões no mês. A cifra representa mais do que o dobro (102,5% acima) do que em abril. Segundo a empresa, foram R$ 73 milhões na Oi Móvel (aumento de R$ 40 milhões), enquanto a Oi S.A., devido à incorporação da Telemar, aumentou R$ 36 milhões e encerrou maio em R$ 219 milhões. 

Em recebimentos, houve aumento de R$ 463 milhões, totalizando R$ 2,604 bilhões. Esse crescimento de 21,6% foi especialmente devido ao aumento de recebimentos intercompany de interconexão. Por outro lado, houve redução nos recebimentos de clientes, justificada pela incorporação da Telemar em maio. Isso levou a "postergação de alguns vencimentos" para junho.

Em termos de pagamentos, houve redução de R$ 50 milhões, totalizando R$ 2,575 bilhões. Houve uma redução de R$ 216 milhões na rubrica "pessoal" devido ao pagamento de PPR 2020 no mês anterior. Por outro lado, o pagamento para fornecedores aumentou R$ 263 milhões devido à elevação de intercompany de interconexão, com a incorporação da Telemar, e a redução em manutenção da planta, processamento de dados e concessionárias.  

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