[Atualizada às 16h20] Com otimização de recursos, foco em fibra, venda de ativos não core e a exploração do mercado de atacado, o novo plano estratégico da Oi foi apresentado nesta terça-feira, 16, ao mercado. A intenção da operadora, conforme explicou em fato relevante, é perseguir opções estratégicas para o futuro, "com foco na melhoria da performance operacional e financeira, através de um modelo de negócios sustentável, com o objetivo de maximizar o valor da companhia, no contexto do processo de recuperação judicial". O novo plano foi realizado com a consultoria da Oliver Wyman, o Boston Consulting Group (BCG) e o Bank of America Merrill Lynch (BofAML), e espera levantar cerca de R$ 7 bilhões com a venda de ativos – em linha com o que a tele já havia falado em maio. Porém, considerando questão do PIS/Cofins e o aumento de capital de R$ 4 bilhões concluído neste ano, o impacto potencial é de R$ 12,5 a R$ 14,5 bilhões.
Como resultado, a Oi espera um crescimento médio composto anual (CAGR) de 2% na receita líquida de serviços entre 2019 e 2024 – a companhia inclusive destaca que houve "sinais de estabilização" da receita desde fevereiro deste ano. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) de rotina em 2019 deverá ficar entre R$ 4,5 e R$ 5 bilhões. Até 2021, o CAGR do EBTIDA de rotina deverá ficar entre 15% a 20%. Há ainda uma redução de custo incremental de R$ 1 bilhão até 2021, além da redução anual de custo líquido.
Para tanto, ela pretende levantar entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões com o desinvestimento de ativos não-core, o que equivale a entre 70-80% do market cap da companhia em julho. O cronograma esperado é de quarto trimestre de 2019 para a venda de torres e da participação na operadora angolana Unitel (junto com o processo de arbitragem para a repatriação de dividendos); primeiro semestre de 2020 para a venda de data center; quarto trimestre de 2020 para a venda de "outros ativos não estratégicos"; e primeiro trimestre de 2021 para a venda de "real estate" – ou seja, imóveis considerados "imediatamente desinvestíveis sob as condições regulatórias atuais".
Além disso, a companhia considera o valor do aumento de capital de R$ 4 bilhões realizado no primeiro trimestre deste ano e o valor de R$ 2,1 bilhões a R$ 3,1 bilhões em créditos PIS/Cofins, dos quais R$ 2,1 bilhões já com decisão favorável e mais R$ 1 bilhão em trâmite legal. A operadora espera R$ 650 milhões somente em 2019, iniciando neste terceiro trimestre.
Durante teleconferência para analistas e investidores, o CFO da Oi, Carlos Brandão, explicou que a venda da Unitel é o "plano A", mas há a alternativa de obter a capitalização através do pagamento de dividendos esperado. "Tivemos avanços importantes no plano A recentemente, e no plano B estamos acessando alternativas para explorar", destaca. O executivo diz que a empresa está na direção da venda, mas que há ainda outras possibilidades. "Temos discutido com bancos, então temos um portfólio bem abrangente para a companhia aproveitar."
O impacto no EBTIDA da venda de ativos como data centers e torres, segundo Brandão, será de R$ 150 milhões por ano. Já com os imóveis, o executivo diz que a empresa está trabalhando no processo para "maximizar o valor".
Espero que eles não vendam a Oi Móvel.
Ficar só com 3 players no mercado não seria nada bom para o consumidor.
E a cobertura da Oi no Centro Oeste e Triangulo Mineiro é muito boa.