Limpeza da banda C nos EUA impulsiona contratos para fabricantes locais

Intelsat 40e. Foto: Divulgação

A política da FCC de liberação da faixa de 3,7 GHz para a o uso na tecnologia 5G provocou um forte movimento de novos contratos para os fabricantes de satélite baseados nos EUA. Nesta terça, 16, tanto a SES quanto a Intelsat, duas das empresas que ficaram com a maior parte da indenização prevista pela FCC, anunciaram contratos com fabricantes norte-americanos para os satélites que serão utilizados no reposicionamento dos serviços operados na banda C, de modo a atender ao processo de desocupação da faixa previsto pela FCC.

A SES anunciou contratos com a Northrop Grumman para dois satélites (SES 18 e SES 19) da série GeoStar-3 com capacidade em banda C; e dois satélites elétricos da série 702SP da Boeing (SES 20 e SES 21). A SES, que tem sede em Luxemburgo, destacou o fato de os satélites estarem sendo adquiridos e montados inteiramente nos EUA como parte de seu plano de investimentos de US$ 1,6 bilhão. Os lançadores ainda não foram anunciados.

Já a Intelsat também anunciou um contrato com a Maxar Technologies para a construção de quatro satélites e outro contrato com a Northrop Grumman para a construção de dois satélites. A Maxar é uma empresa sediada nos EUA, apesar de ter como investidores fundos canadenses. 

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Limpeza

Anunciada em fevereiro, a proposta da agência reguladora envolve a limpeza de até 280 MHz na faixa de 3,7 GHz, alocando as operações satelitais para 200 MHz acima e deixando um total de 500 MHz para a operação de celular em 5G. As empresas precisam limpar 120 MHz da faixa até o dia 5 de dezembro de 2021. Em uma segunda fase as empresas precisarão liberar mais 120 MHz em algumas regiões, além de 180 MHz adicionais nacionalmente até 5 de dezembro de 2023.

O plano de limpeza totaliza US$ 9,7 bilhões em indenizações para as operadoras de satélite que operam na faixa da banda C que precisará ser desocupada. O montante é dividido da seguinte forma:

  • Intelsat: US$ 1,194 bilhão na primeira fase, mais US$ 3,657 bilhões na segunda fase;
  • SES: US$ 982,7 milhões e US$ 3,009 bilhões, respectivamente;
  • Eutelsat: US$ 115,2 milhões e US$ 325,7 milhões;
  • Telesat: US$ 92,3 milhões e US$ 282,5 milhões;
  • Star One: US$ 3,3 milhões e US$ 10,3 milhões.

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