Que os fornecedores de equipamentos para a tecnologia conhecida como LTE (Long Term Evolution) estão preocupados com a nova destinação que a Anatel pode dar às faixas de 2,5 GHz, isso não é novidade. A decisão sobre a partição da faixa está nas mãos do conselho, que ainda não chegou a nenhum consenso. Mas os que defendem o LTE temem que a Anatel destine apenas 80 MHz para o SMP, e por isso querem eliminar essa possibilidade antes que ela se materialize em uma consulta pública.
Dizem que se uma proposta assim sair, será muito difícil reverter. "A gente sabe que se for como está vai ficar mais difícil. Queremos alterar isso antes da consulta pública", afirma Mario Baumgarten, diretor de assuntos corporativos da Nokia-Siemens Networks.
Os defensores do LTE pleiteiam que a Anatel siga a recomendação da UIT que canalizou 140 MHz (em FDD, nas pontas da faixa) para a tecnologia. Os 50 MHz restantes ficariam no meio da faixa para ser utilizados por tecnologia TDD, como é o caso do WiMAX. Essa é a configuração que permitiria a utilização plena das possibilidades do LTE, com 20 MHz por portadora, considerando as operadoras atuais. Ou seja: três operadoras explorariam 20 MHz de subida e 20 MHz de descida e uma com 10 MHz + 10 MHz.
"Nós temos o projeto mundial da década, versus um projeto pontual. Nunca aconteceu no mundo inteiro a tecnologia ir para o mesmo rumo", diz Baumgarten acrescentando que exceto os EUA, com o projeto da Sprint/Clearwire e o México, todos os demais países estão reservando a faixa de 2,5 GHz para o LTE.