Preço segue como limitador para acesso à Internet; TVs conectadas ganham espaço como dispositivo de acesso

Foto: Pixabay

Dados divulgados pela pesquisa TIC Domicílios 2022, publicada nesta terça-feira, 16, mostram que o preço segue um dos maiores empecilhos para o acesso à Internet no Brasil. Os números da pesquisa apontam que 28% dos domicílios brasileiros não têm Internet porque avaliam que o preço do serviço é alto. A nova edição da pesquisa foi realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), vinculados ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br).

São 15 milhões de domicílios ainda sem conectividade no Brasil. Olhando os dados da TIC Domicílios, nota-se que a Região Norte tem o maior percentual de domicílios sem o serviço por conta do preço: 48%. Em segundo lugar, está a Região Nordeste, com 28% dos domicílios sem o serviço por esta razão.

A segunda motivação apontada pelos entrevistados da pesquisa para justificar a dificuldade de acesso à Internet é a falta de habilidade para o uso. Dados da pesquisa TIC Domicílios mostram que 26% dos domicílios brasileiros apontam o que se chama de letramento digital como limitador ao acesso.

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Celular como principal meio de acesso

A pesquisa TIC Domicílios 2022 lançada nesta terça-feira, 16, mostra também que a maior parte dos usuários de Internet brasileiros (62%) acessa a rede exclusivamente pelo celular, uma realidade para mais de 92 milhões de indivíduos. O estudo também revela que o uso da Internet apenas pelo telefone celular predomina entre as mulheres (64%); entre negros (63%); pardos (67%); e entre aqueles pertencentes às classes DE (84%).

Enquanto a conexão via computador se manteve estável em 38% dos acessos, o uso das TVs conectadas para acessar à Internet segue com viés de alta, passando de 50% para 55% entre 2021 e 2022. Os aparelhos de TV continuam como o segundo dispositivo mais utilizado para acessar a rede no país, atrás apenas do celular (99%).

O levantamento investigou pela primeira vez quais as habilidades digitais dos usuários de Internet, independentemente do dispositivo utilizado para acesso à rede. Mais da metade (51%), disse ter buscado verificar se uma informação que encontrou no ambiente online era verdadeira. A porcentagem caiu quando a pergunta foi direcionada aos que acessavam a rede somente pelo celular (37%), e ela foi maior entre os que se conectavam por múltiplos dispositivos – tanto pelo computador quanto por celular (74%).

A fibra óptica continua sendo a principal tecnologia de acesso utilizada nos domicílios brasileiros, sendo que a região com maior acesso à Internet por meio da tecnologia é a Sul, com 72%. Em todas as regiões, a tecnologia móvel é a segunda mais usada, sendo responsável por 27% dos domicílios conectados.

O acesso

Dos 149 milhões de usuários de Internet no território nacional, 142 milhões se conectam todos, ou quase todos os dias, com prevalência nas classes A (93%) e B (91%). Para 81% da população de classe C o acesso é diário ou quase diário, contra 60% nas classes DE.

No outro extremo, 36 milhões de brasileiros não são usuários da rede. Esse grupo é maior entre habitantes de áreas urbanas, que representam 29 milhões; com grau de instrução até o Ensino Fundamental (29 milhões); negros e pardos (21 milhões); das classes DE (19 milhões); e com 60 anos ou mais (18 milhões).

Confira aqui um resumo da pesquisa.

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