Ética e clareza devem pautar publicidade móvel, apontam especialistas

Diante das inúmeras possibilidades de se estimular o usuário móvel a interagir com a publicidade oferecida em aplicativos e em sites móveis, escolher bem a maneira como a empresa pretende se divulgar neste ambiente se tornou fator preponderante para quem deseja o melhor retorno com publicidade mobile. O tema, abordado no durante o 11º Tela Viva Móvel, gerou polêmica entre os debatedores no painel “Apps: o desafio de se diferenciar e chamar a atenção”. Isso porque é crescente o uso de mecanismos enganosos para gerar resultados falsos sobretudo em cima do uso inadvertido das plataformas móveis por crianças, como banners clicáveis e vendas de conteúdos dentro dos aplicativos.

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Banners em apps para crianças são um dos principais motivos para a discrepância entre o número de cliques e as visitas efetivas no site móvel, alerta Marcelo Castelo, da F.biz. "A criança clica sem querer no banner, e antes de
gerar a visita para o site móvel, aperta o botão Home do aparelho", pondera. Segundo ele, o custo inicial de R$ 0,10 acaba subindo para R$ 0,50 “porque de cada 10 cliques contabilizados, apenas dois viram acessos ao site móvel. É uma discrepância de 80% entre cliques e visitas efetivas ao site”. Castelo lembra, contudo, que essa discrepância leva à redução do preó da CPM paga.

Sobre este assunto, o diretor de marketing da Adlead, Vladmir Bin, acredita que o uso de artificios para forçar o usuário de conexões móveis a acessar um app é uma ação antiética. “Somos contra qualquer ação incentivada ou pouco clara ao cliente. Acho que o acesso ao conteúdo deve ser espontâneo”.

Para Michel Lent, sócio da Aorta, os desafios da publicidade móvel são parecidas com aqueles discutidos na Internet convencional. E, para se conseguir o melhor retorno para o investimento é preciso tomar a decisão sobre qual modelo de anúncio mobile é o ideal com base em critérios como: a natureza do negócio e como é mais interessante atender ao público. “Se for um jogo, o modelo ideal pode ser a remuneração por ação, ou seja, quando um usuário de fato usa o serviço”, afirma.

Segundo ele, se por outro lado o objetivo do anúncio for divulgar apenas a marca, pode ser mais interessante adotar o modelo de custo por mil, já consolidado em outras mídias. Ou, em outros casos cabe usar a remuneração do custo por download.

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