SVAs: novos modelos de negócio entram na pauta

As operadoras brasileiras estão começando a estudar e implementar o modelo de assinatura para a venda de serviços de valor agregado, através do qual o usuário paga uma taxa (semanal ou mensal) e poderá adquirir o conteúdo que desejar dentro daquele valor. A integradora Dada atua no mercado europeu com um modelo de pontos, ou seja, a taxa paga pelo usuário é convertida em pontos e cada conteúdo tem o seu custo também medido dessa forma, e no Brasil já oferece o modelo com a TIM.
Segundo Massimo Ciociola, da Dada, desde 2002 o mercado europeu é basicamente formado pela assinatura, que ?criou um modelo sustentável de negócio?. Na opinião de Ann Willians, CEO da Okto, uma das grandes integradoras atuantes no Brasil, o modelo de assinatura veio para ficar, o que é bom para o mercado brasileiro. ?Uma das principais vantagens é que o custo acaba sendo menor para o usuário?, afirma. Além disso, ela acha que o Brasil tem a vantagem de ver o que aconteceu na Europa para fazer melhor.

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Esta modalidade de negócio para os SVAs pode servir para alavancar a utilização dos serviços no Brasil. No entanto, executivos da Vivo e da TIM apontaram também durante debate desta quarta-feira, 16, no 6º Tela Viva Móvel, promovido pelas revistas TELETIME e TELA VIVA, alguns fatores que pesam contra a adoção do modelo. Gabriel Mendes, da TIM, acredita que o serviço precisa ser estruturado de forma transparente para o usuário não gere um número elevado de consultas ao call center da operadora. ?O que vende é simplicidade, se for difícil o usuário não acessa, mesmo que seja de graça?, afirma. Alexandre Fernandes, da Vivo, lembra que o modelo gera mais receita para a operadora e, por isso, a tendência é que se diminua o investimento em marketing, o que não pode acontecer. MAs ambos acham que o modelo de venda de serviços de valor adicionado por assinatura é uma evolução natural e esperada do mercado de SVAs.
Para a TIM, além do modelo de assinatura, outro serviço que cresce é o leilão reverso, modalidade de sorteio que o usuário participa por SMS. Ganha o prêmio aquele que oferecer o menor valor único. ?Diversos grupos de mídia já estão adotando este modelo?, diz Gabriel Mendes, da TIM. Aliás, segundo Gabriel Mendes, os leilões reversos já são hoje a principal fonte de receitas com SMS da TIM, superando inclusive antigos "hits" do passado, como Big Brother.
O executivo aproveitou a oportunidade para defender o negócio das operadoras que está sendo ameaçado pelos grandes players da internet com seus conteúdos gratuitos. ?As operadoras não são pipes (canos), nós fazemos a cobrança, o relacionamento com o cliente etc. É preciso que cada um entenda o seu papel na cadeia.?

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