EUA voltam a proibir importação de equipamentos da ZTE

O departamento de comércio dos Estados Unidos reinstituiu a decisão de levantar embargo à venda de equipamentos da ZTE naquele país alegando que a companhia chinesa voltou a mentir para o governo. Na decisão do secretário de comércio do governo norte-americano Wilbur L. Ross Jr nesta segunda-feira, 16, a ZTE teria mentido sobre a punição dos executivos envolvidos no escândalo do fornecimento de equipamentos de telecomunicações para Irã e Coreia do Norte. O caso ocorreu em março de 2017 após ação civil e criminal e que resultou no confisco de US$ 1,19 bilhão da empresa na época. O bloqueio pode durar até o dia 13 de março de 2025.

Ross afirma que todos os executivos da chinesa envolvidos, menos um, receberam seus bônus referentes a 2016 apesar das promessas que a companhia não iria fazer o repasse. Declara também que advertências formais por escrito não foram emitidas até março de 2018, um mês após o departamento de comércio ter dado nova ordem. A ZTE teria confessado o comportamento, mas teria dito também que estaria tomando as ações corretivas (incluindo os cortes dos bônus), além de executar uma investigação interna.

O secretário de comércio afirma que a ZTE fez "declarações falsas, e também obstruiu a justiça, incluindo por meio de impedimento de divulgação, enganando o governo dos EUA". Além do bloqueio de US$ 1,19 bilhão, a fabricante chinesa teria concordado em um embargo de privilégios de exportação por sete anos caso qualquer aspecto do acordo não fosse atendido ou se a companhia cometesse violações adicionais do regulamento da administração de exportações (EAR, na sigla em inglês).

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"A ZTE fez declarações falsas ao governo dos EUA quando foram originalmente flagrados e colocados na Lista de Entidades; fez declarações falsas durante a moratória que estava recebendo; e fez declarações falsas durante a provação", declarou Ross em comunicado. "A ZTE enganou o departamento de comércio. Em vez de punir a equipe da ZTE e a gerência executiva, a ZTE os recompensou. Este comportamento escandaloso não pode ser ignorado", completou.

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