Após concluir uma reorganização interna de negócios, a Nokia anunciou nesta terça-feira, 16, um plano para redução de 600 milhões de euros nos custos da fornecedora. Entre os pontos previstos estão a demissão de 5 mil a 10 mil funcionários dentro de dois anos.
Hoje, a companhia soma 90 mil colaboradores; segundo comunicado, a meta é atingir entre 80 mil e 85 mil colaboradores em 18 a 24 meses. "O número exato [de desligamentos] dependerá da evolução dos mercados nos próximos dois anos", afirmou a Nokia.
A intenção da empresa é cortar os 600 milhões de euros em gastos (cerca de R$ 3,9 bilhões, na cotação atual) até o fim de 2023. "Essas economias compensarão o aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), capacidades futuras e custos relacionados à inflação de salários", sinalizou a fornecedora.
A reestruturação total e encargos associados devem custar entre 600 milhões e 700 milhões de euros à finlandesa. Cerca de 50% deste volume deve ser registrado ainda em 2021, passando para 15% em 2022 e aproximadamente 35% em 2023. Ainda assim, as metas para este ano não foram alteradas.
Divisões
"A Nokia agora tem quatro grupos de negócios totalmente responsáveis. Cada um deles identificou um caminho claro para o crescimento sustentável e lucrativo e estão redefinindo suas bases de custos para investir no futuro", afirmou o presidente e CEO da Nokia, Pekka Lundmark, em referência à reorganização concluída na semana passada.
"Cada grupo de negócios terá como objetivo a liderança em tecnologia. Nas áreas em que escolhermos competir, jogaremos para vencer", completou o executivo. Principal divisão da empresa, a área móvel deve incrementar investimentos em P&D para 5G e atravessar um processo de digitalização.
A Nokia também avalia que a nova área de cloud e serviços de rede precisará se alinhar às mudanças anunciadas. Já as divisões de infraestrutura de rede e a Nokia Technologies devem ser menos afetadas, segundo comunicado.