A aprovação pelo Senado do projeto de lei que veda a franquia de dados em planos de banda larga fixa foi criticada pelo SindiTelebrasil, nesta quinta-feira, 16. Para a entidade, a proposta interfere na livre iniciativa, fundamento constitucional das atividades econômicas no Brasil, conflita com a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e com a regulamentação da Anatel e não considera adequadamente os "efeitos nocivos" que tal condicionante trará ao desenvolvimento da Internet fixa, afetando indistintamente grandes e pequenos provedores.
Além disso, considera que a proibição da oferta de planos com franquia para o acesso à Internet em banda larga fixa trará significativos prejuízos à maioria da população brasileira. O sindicato, que reúne as teles, sustenta que o projeto faz com que a maioria absoluta da atual base de usuários subsidie uma pequena minoria de internautas, "prejudicando o programa de massificação da Internet, com impacto nos preços do acesso e nas velocidades ofertadas", argumenta.
"Uma eventual proibição eliminaria a possibilidade de adoção de diversas tecnologias adequadas a áreas remotas, inviabilizando o atendimento da população local", completa o SindiTelebrasil, em nota.
O projeto de lei, aprovado ontem no Senado, ainda será apreciado na Câmara dos Deputados antes de virar lei. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rapidez na votação da matéria.
Esse cara da SindiTelebrasil deve ter rabo preso com as Teles. Até parece que franquia iria beneficiar o consumidor. A classe média e alta tem dinheiro para pagar pelo ilimitado. O grande consumidor prejudicado seria os da baixa renda que as Teles iriam colocar uma franquia baixa para os planos e não teriam dinheiro para usar internet nos outros 29 dias do mês.