Para KDDI, é importante ter redes alternativas para desafogar tráfego de dados

A presença da operadora japonesa KDDI é uma novidade no evento Mobile World Congress. Isso porque, até então, ela era uma das operadoras que lideravam o mercado de CDMA, concorrente do mercado de GSM, que é o foco central do evento. Mas esta semana, durante o encontro de Barcelona, a KDDI, a China Telecom e a Verizon Wireless (operadores que utilizam CDMA em suas redes), e a Qualcomm, detentora da maior parte das patentes do CDMA, anunciaram a sua afiliação à GSM Association, fato possível pois todos estão formalmente comprometidos com o LTE como caminho para a evolução de suas plataformas tecnológicas e redes de terceira geração.
A presença da KDDI, contudo, foi importante por outra razão: é uma das empresas com maior experiência em uso avançado de dados em sua rede, e essa experiência foi finalmente compartilhada com os operadores de plataformas GSM. Segundo Tadashi Onodera, presidente da KDDI, existe uma pressão muito forte sobre a infraestrutura da empresa em função da banda larga móvel e por isso ela decidiu migrar rapidamente para o LTE, como forma de tornar a sua plataforma totalmente IP. Mas Onodera disse que existem também outras alternativas de aliviar o tráfego nas redes: construir redes WiFi, adotar femtocélulas em alguns pontos e colocar redes WiMax de maior alcance em algumas regiões, onde houver espectro disponível. "O tráfego de dados se tornou a nossa maior dor de cabeça, e com o modelo de flat fee, a pressão ficou ainda maior", diz o executivo japonês. "O que sabemos é que as pessoas utilizam muito a banda larga do celular à noite, quando estão em casa, então podemos compensar essa demanda com redes alternativas".

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