Para GSM Association, publicidade móvel ainda tem desempenho fraco

A mensagem que a GSM Association procurou passar durante o seu Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona, foi muito mais voltada a sugerir caminhos e novas formas de receita aos operadores do que abordar os problemas de infraestrutura decorrentes da explosão do tráfego móvel. Robert Conway, presidente da GSMA, durante a palestra de abertura do evento realizada nesta terça, 16, enfatizou a importância que aplicativos e conteúdos passam a ter com a rápida adoção dos smartphones e, mais uma vez, o exemplo a ser perseguido foi a da App Store, da Apple, com seus mais de 140 mil aplicativos. Segundo a GSMA, esse mercado deve gerar cerca de US$ 8 bilhões em receitas em 2010, quase o dobro de 2009, e lembrou que existe um mercado a ser explorado de aplicativos patrocinados, o que seria uma porta para a rápida expansão do mobile marketing.
Aliás, o uso do celular como plataforma de mídia, ainda que seja uma promessa importante para os operadores e desenvolvedores de conteúdo, ainda está, segundo Conway, muito longe de dar os resultados esperados. Ele enfatizou a necessidade de métricas mais precisas e lembrou que as recentes aquisições de empresas da área de mobile marketing giraram mais de US$ 1 bilhão nos EUA, sendo as principais a compra da AdMob pelo Google por US$ 750 milhões e da Quattro pela Apple, por US$ 255 milhões.
Conway apresentou algumas análises da iniciativa Mobile Media Metrics, que há dois anos é conduzida no Reino Unido e que consolida e analisa informações de todas as operadoras inglesas. As operadoras, aliás, aceitaram abrir suas informações com o propósito de ajudar a construir uma base de conhecimento mais sólida para iniciativas de mobile marketing. Segundo os dados da Mobile Media Metrics, apenas em janeiro foram cerca de 19 milhões de usuários únicos acessando a Internet por redes móveis, e o padrão de comportamento é um misto entre o que se vê na web fixa e entre os serviços oferecidos pelas próprias operadoras, o que mostra que há espaço para que elas possam explorar e ter receita com a audiência móvel. O site Facebook conseguiu 6,3 milhões desses usuários, seguido pelos sites do Google (5,9 milhões), as páginas da Vodafone (3,6 milhões de usuários), os sites da Orange (3,5 milhões), os serviços da O2/Telefônica (3,5 milhões) e depois retornando aos sites de massa, como Yahoo, BBC, Apple, Microsoft e Nokia. Os sites variam um pouco quando a análise é por páginas exibidas e tempo de permanência, mas no geral os sites são os mesmos.

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Para a GSM Association, a fragmentação de plataformas e a falta de dados prejudica o crescimento de mobile advertising.

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