Analistas ouvidos por TELETIME News nesta quarta-feira, 16, não encontravam qualquer razão que justificasse a espetacular alta das ações ordinárias da Embratel que, em certo momento da tarde, chegaram a R$ 10,00 ou variação de 17,65%. Note que, inversamente, houve forte queda tanto das PN (-2,70%) quanto das ADR (-4,70%).
Vale lembrar que as ON negociadas no mercado correspondem a menos de 10% do total das ações de controle. Só haveria alguma razão para um movimento altista muito forte caso a Telmex, controladora, estivesse interessada em comprar os papéis remanescentes para fechar o capital. O que não parece ser o caso: fontes da empresa disseram a analistas que não há interesse na compra.
Target
O Banco Espírito Santo baixou o preço-alvo das ações preferenciais da Embratel de R$ 9,33 para R$ 5,62 a partir dos resultados do 4o trimestre de 2004 e das definições sobre o aumento de capital a ser realizado pela empresa. Além do upside mais limitado (29%), relatório do banco aponta ?as incertezas relativas a possíveis aquisições de ativos da Telmex no Brasil?. Sua recomendação é "Neutra". O BBVA Securities também rebaixou de US$ 11 para US$ 10 o target price das ADRs da Embratel. Em parte em decorrência do ajuste devido ao aumento de capital, mas também pela possibilidade de perdas de ganhos por conta da política de proteção cambial da companhia (hedge) face à valorização do real.
