Starlink aumenta base no Brasil; veja quais estados têm mais clientes

Foto: Marco Santos / Ag. Pará

O mercado de Internet via satélite no Brasil ganhou impulso com a chegada da Starlink em maio de 2022. Desde então, a operadora de Elon Musk se tornou líder no segmento, acumulando 313 mil acessos – conforme o último balanço da Anatel de novembro de 2024. Isso significa que quase 60% dos assinantes de banda larga via satélite no País são clientes da marca pertencente ao grupo SpaceX.

Quando se analisam os dados da Anatel de forma bruta, o estado com a maior quantidade de acessos no serviço de Musk é Minas Gerais (38 mil). O Pará aparece em segundo lugar, com 36 mil assinantes, seguido por São Paulo (35 mil) e Amazonas (31 mil).

Concentração no Norte

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Mas quando se olha para a proporção de assinantes da Starlink em relação à população, Roraima ocupa o primeiro lugar – com 1.160 acessos para cada cem mil habitantes. Em contraste, essa proporção é de apenas 187 acessos por cem mil moradores em Minas Gerais. No estado de São Paulo, esse número é ainda menor: 80.

Dos dez estados brasileiros com a maior concentração de acessos da Starlink em relação à população, sete são do Norte do País. A logística para expansão da banda larga fixa via outras tecnologias (como fibra óptica, por exemplo), combinada com a quantidade de comunidades isoladas, ainda é um desafio para conectar a região – o que ajuda a explicar o "boom" da solução de Musk por lá.

Arte: Danilo Paulo/Teletime

Mercado

A ascensão da Starlink mexeu com a participação de mercado das concorrentes. Em novembro de 2022, a HughesNet tinha 63% do market share da banda larga via satélite no Brasil. Ou seja, 208 mil assinantes. Dois anos depois, o número de acessos dela no País caiu para 172 mil e a participação de mercado fechou em 31%. 

Essa baixa também ocorreu com a ViaSat, que perdeu quase um terço da base de assinantes de banda larga por satélite em dois anos.

O braço corporativo da Vivo no Brasil (Telefónica Global Solutions) foi a única tele que manteve a mesma participação de mercado nesses dois anos. O tímido market share da companhia continuou em 0,3%, mas a empresa quase que dobrou o número de acessos no período.

Arte: Danilo Paulo/Teletime

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