Telebras dá início à licitação dos centros de controle e gateways do SGDC

Enquanto o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC) está sendo construído na França pela Thales Alenia, a Telebras acelera a implantação da parte terrestre do projeto, já que os trabalhos de construção do artefato estão adiantados. No final do ano passado, foi concluída a fase de revisão crítica de projeto, chamada de Critical Design Review (CDR), o que significa que não haverá mais modificações no projeto.

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A estatal já licitou o projeto executivo para a construção dos dois centros de controle (em Brasília e no Rio de Janeiro) e das cinco gateways que serão localizadas em Brasília e Rio de Janeiro, compartilhando o espaço dos centros de controle, e em Salvador, Campo Grande o Florianópolis.

A vencedora da licitação foi a Fox Engenharia, que levou o projeto por aproximadamente R$ 6 milhões. O gerente do projeto de satélite da Telebras, Sebastião do Nascimento Neto, explica que o projeto executivo vai gerar os documentos necessários para a licitação da obra em si, identificando tudo que será necessário para a construção dos prédios que abrigarão os centros de controle e as gateways.

"Ele vai gerar toda a documentação sobre o projeto: o que vai precisar de energia, ar condicionado, controle de acesso etc.". O centro de controle de Brasília (principal) será localizado dentro do Cindacta e o do Rio de Janeiro, na Estação de Rádio da Marinha. "As gateways também ficarão em terrenos de áreas militares para garantir a segurança e o controle de acesso", afirma ele.

A previsão de lançamento do SGDC é no terceiro trimestre de 2016 e tudo indica que ela será cumprida, já que os trabalhos na França estão adiantados. Para que a parte terrestre esteja pronta de modo a não atrasar a entrada em operação prevista para o início de 2017, os prédios dos centros de controle e das gateways têm de estar prontas até o início do ano que vem para haver tempo para instalar e testar as antenas.

Treinamento

Atualmente há seis pessoas da Telebras sendo treinadas pelos engenheiros da Thales Alenia na parte de controle, já que a tarefa será de responsabilidade da estatal juntamente com o Ministério da Defesa. Há servidores do Ministério da Defesa, Visiona e Inpe que participarão do mesmo treinamento, totalizando 33 profissionais.

"O curso está planejado para 22 meses. Na especificação, a gente pediu que o curso fosse suficiente para fazer com que pessoas que não tivessem conhecimento profundo saíssem pessoas especializadas na área", afirma Neto. "Apesar de a gente ter várias empresas aqui, o controle do satélite é feito fora. A grande maioria dos profissionais não é brasileira. Que eu saiba, só a Star One e a Hispamar têm centro de controle no Brasil e esse processo da Telebras vai fazer triplicar o número de profissionais com essa capacidade", completa ele.

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