No trimestre de julho a setembro, as receitas totais do grupo América Móvil reverteram a tendência de queda do segundo trimestre com um avanço de 0,2%, somando 248,426 bilhões de pesos mexicanos (US$ 12,92 bilhões na cotação atual) no período. Segundo controlador da Claro Brasil no balanço financeiro divulgado nesta terça, 15, apesar do cenário macroeconômico difícil na região – citando inclusive no mercado doméstico e o brasileiro -, várias operações na América Latina registraram "seus melhores crescimentos de receita de serviços em mais de um ano".
Do total da receita de serviços no período, 34% foram provenientes de pré-pago móvel, 33,5% de combos fixos, 30,3% do pós-pago móvel, e 2,2% de voz fixa. O destaque de aumento na receita móvel foi do Brasil: 11,1%, contra 8,2% no México.
No acumulado dos três trimestres, contudo, houve queda na receita total do grupo. A redução foi de 1,9% ao somar 744,161 bilhões de pesos (US$ 38,69 bilhões).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou 78,806 bilhões de pesos (US$ 4,10 bilhões), um aumento de 9,5%. A empresa nota que o comparativo é apenas para referência, uma vez que incorpora diferentes metodologias – desde janeiro deste ano, utiliza-se a norma contábil IFRS-16. A margem EBITDA aumentou 2,7 pontos percentuais, ficando em 31,7% no trimestre. No acumulado dos nove meses, o EBITDA foi de 232,007 bilhões de pesos (US$ 12,06 bilhões), um "aumento" de 6,7%, enquanto a margem aumentou 1,5 p.p., ficando em 31,2%.
Entre julho e setembro, o lucro operacional foi de 38,065 bilhões de pesos (US$ 1,98 bilhão), "avanço" de 7,3%. De janeiro a setembro, foi de 110,218 bilhões de pesos (US$ 5,73 bilhões), "crescimento" de 10%.
Ao final de setembro, a dívida líquida somava 672,8 bilhões de pesos (US$ 34,98 bilhões), incluindo 112,4 bilhões de pesos (US$ 5,84 bilhões) em obrigações de arrendamento capitalizados. A relação dívida líquida/EBITDA nos últimos 12 meses foi de 1,96 vezes, utilizando a metodologia anterior para "consistência" do cálculo.
Segundo a AMX, o fluxo de caixa com financiamento líquido de 15,9 bilhões de pesos (US$ 830 milhões) permitiu cobrir um Capex total de 99,9 bilhões de pesos (US$ 5,19 bilhões), financiar 11,8 bilhões de pesos (US$ 610 milhões) em dividendos, além da compra da Telefonica Guatemala por 6,3 bilhões de pesos (US$ 330 milhões). Com o montante, a empresa ainda amortizou obrigações de fundo de pensão em um total de 17,1 bilhão de pesos (US$ 890 milhões).