A gestão de caixa operacional líquida da Oi foi positiva em R$ 17 milhões em agosto, revertendo resultado negativo no mês anterior (de R$ 164 milhões) de acordo com balanço mensal divulgado pelo administrador da Recuperação Judicial, o Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, e que foi divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira, 15. A companhia ainda investiu R$ 363 milhões no período, uma redução de 2% comparado a julho (total de R$ 370 milhões). Somente a subsidiária Oi Móvel investiu R$ 138 milhões, uma redução de R$ 26 milhões. A administração ressaltou que o Capex continua em linha com o registrado nos meses anteriores, de acordo com o plano de investimentos.
A administração da Oi informa que o aumento nas entradas de caixa foi "decorrente principalmente da elevação da receita financeira em moeda estrangeira devido à forte valorização do Dólar e do Euro frente ao Real em agosto/18". Com isso, o saldo final do caixa financeiro (incluindo operações financeiras e intragrupo) avançou R$ 44 milhões, totalizando R$ 4,721 bilhões.
A companhia registrou aumento de R$ 70 milhões em recebimentos (entradas), totalizando R$ 2,659 bilhões. Isso representa um aumento de 2,7% comparado a julho. A Oi diz que houve elevação por contra de relacionamento intercompanhia no mês, sendo que o efeito se anula com as saídas em Outros Serviços/Pagamentos. Houve queda em determinados segmentos, como clientes e de serviços de uso de rede, com reduções de R$ 105 milhões (total de R$ 1,731 bilhão) e de R$ 18 milhões (total de R$ 210 milhões), respectivamente.
Por sua vez, os pagamentos (saídas) foram reduzidos em R$ 104 milhões, chegando a R$ 2,279 bilhões. A principal responsável pela menor saída foi a rubrica fornecedores de materiais/serviços, com recuo de R$ 94 milhões e total de R$ 1,604 bilhão no mês, motivada por "oscilações rotineiras do negócio, permanecendo em linha com a média dos últimos cinco meses". O pagamento de tributos foi reduzido em R$ 24 milhões, totalizando R$ 507 milhões, justificado com uma maior compensação de tributos retidos na fonte.