Fibra receberá metade dos investimentos de rede da GVT em 2015

A GVT fez as contas na ponta do lápis, comparou os custos de equipamentos e instalação de acessos em banda larga sobre redes de cobre usando vetorização e diretamente em fibra e decidiu, ainda no ano passado, trocar o VDSL pelo FTTH em todas as novas cidades a serem cobertas e mesmo novas áreas em cidades já atendidas. Agora o projeto avança e a operadora planeja investimentos de R$ 2 bilhões para o ano que vem, a maior parte destinada à infraestrutura. E da fatia destinada a redes, o FTTH deve abocanhar a metade. Esses planos, obviamente, já haviam sido traçados antes da aquisição da GVT por parte da Telefônica, negócio que deve ser concluído apenas em meados de 2015. Mas para o presidente da Telefônica/Vivo, os planos de investimento da GVT devem ser mantidos. "Não conheço o projeto de investimento em fibra da GVT, mas é uma operadora que tem passos sólidos, firmes, e não teria porque fazer grandes mudanças (uma vez a fusão completada). Talvez apenas algum ajuste para aproveitar sinergias que não estavam levando em consideração", pondera Valente.

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Segundo o presidente da operadora, Amos Genish, a partir de 2016 a GVT deixa de vez de instalar pontos VDSL. "Esse ano fizemos a primeira cidade totalmente com fibra GPON (Araraquara/SP). Ano que vem será meio a meio, metade dos novos acessos de banda larga com VDSL e metade com GPON; e em 2016 não vai ter mais deploy de VDSL", conta Genish.

"Temos como objetivo aumentar a velocidade média da banda larga com fibra, com expansão gradual do GPON. Hoje temos velocidade média de 14,6 Mbps em nossa rede, mas as novas vendas já têm média de 19 Mbps, com muita gente já optando por velocidades de 30 Mbps e 50 Mbps", conta o vice-presidente de marketing e qualidade da GVT, Ricardo Sanfelice.

Outro fator que contribui para a aposta em GPON é o grande aumento de tráfego mas redes, em especial de vídeo. Dados apresentados por Amos Genish durante painel na Futurecom nesta quarta-feira, 15, dão conta de que metade do tráfego IP na rede da GVT é gerado pelo Google (especialmente com YouTube) e pela over-the-top Netflix. "Além disso, o 4G sem dúvida vai começar a ameaçar a banda larga fixa low end (assim como a telefonia móvel roubou clientes da fixa) e precisamos defender nosso mercado", justifica o presidente da GVT.

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