Para Vivo, setor precisa levar em consideração os contrastes nacionais antes de ampliar banda larga

O presidente da Vivo, Roberto Lima, uniu-se aos demais executivos do setor de telecomunicações no discurso em favor de um plano nacional de banda larga, mas com ressalvas. Lima quer que se considere uma atuação direta das grandes empresas de telecom. O executivo, que participou de um dos debates desta quinta-feira, 15, da 11ª Futurecom, propõe que o próprio setor trabalhe em um mapeamento conjunto da cobertura e oferta de banda larga no país como forma de traçar as estratégias daqui em diante. Para Lima, este é um passo importante para se iniciar um debate de inclusão digital, já que a maioria dos grandes centros é provida com acesso à Internet e, inclusive, dispõe de concorrência das móveis no serviço.
"Se olharmos, nós já temos áreas extremamente conectadas. Temos que pegar uma radiografia do Brasil e ver aonde o país não é tão conectado para, ai sim, investir", afirmou.
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Lima protestou contra o comportamento reiterado do setor de falar sempre em valores "médios" de receita ou gastos dos clientes, por exemplo. Para o executivo, essa prática acaba "desinformando" a todos, pois o Brasil é um país de grandes contrastes sociais e econômicos.
"O Brasil tem áreas desenvolvidas tanto quanto as regiões mais desenvolvidas do mundo; têm regiões também com características de países considerados 'em desenvolvimento'. Mas também possui áreas extremamente subdesenvolvidas", analisou. Na visão de Lima, essas diferenças devem ser levadas em consideração quando se fala em inclusão digital para que a expansão da banda larga seja realmente uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social do país.
Antecipação
O trabalho de diagnosticar as áreas mais necessitadas de conexão à Internet pode acabar sendo pauta do Fórum Telebrasil, agendado para essa sexta-feira, 16, dentro da programação da Futurecom. Ao menos foi esta a sugestão dada pelo chairman da Nokia Siemens, Aluizio Byrro, que defendeu que as empresas se antecipem nessa análise já que o governo começou a discutir a criação de um Plano Nacional de Banda Larga.
A Nokia Siemens atualizou recentemente seu estudo sobre as telecomunicações mundiais como indutora de desenvolvimento e o diagnóstico das redes e serviços no Brasil foi considerado "moderado". O país ocupa a oitava posição no ranking de países emergentes analisados. Neste bloco, o destaque é a Turquia, com a primeira posição na avaliação.

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