A julgar pela opinião de um executivo das celulares, o adiamento de um mês concedido pela Anatel para a entrega de propostas e realização do leilão das sobras das bandas D e E do SMP ainda representará pouco tempo para que os grandes grupos do setor façam seus planos de negócios e decidam se adquirem novas freqüências ou outras operadoras. É que, segundo a fonte, o principal motivo do clamor pelo adiamento, ou seja, a transição para o próximo governo, ainda não estará plenamente superado nos dias 12 e 19 de novembro, datas marcadas para entrega das propostas e para o leilão, respectivamente. O ideal seria mesmo transferir a licitação para o próximo ano, afirma o executivo. Não será surpresa, portanto, se novos pedidos para uma nova data forem encaminhados à Anatel.
Além da conjuntura econômica e política, as operadoras têm ainda de contabilizar em suas decisões o impacto da recém-divulgada regulamentação do SMP, que entre outras determinações frustrantes para as celulares estabelece a escolha de carrier de longa distância em ligações VC-2, nas 67 áreas de numeração.
De acordo com os desdobramentos políticos, econômicos e regulatórios, esperam-se para os próximos meses no segmento de serviços móveis decisões cruciais como a absorção de operadoras tidas como alvos preferenciais dos grandes grupos que desejam criar redes nacionais no Brasil, como Portugal Telecom, Telefônica e Telecom Americas. As atenções recaem especialmente sobre operadoras ?avulsas?, localizadas em áreas econômicas de grande interesse como Telemig Celular, TCO e BCP.
Leilão do SMP