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IBC 2015 mostra que mobile TV não pode mais ser ignorada

Demorou, mas o mercado de mobile TV parece que agora é levado a sério pelo setor audiovisual e pelos veículos tradicionais de mídia. Nos debates e palestras envolvendo grandes produtores de conteúdos audiovisuais realizados durante a IBC 2015, evento de TV que aconteceu nos últimos dias em Amsterdã, todos foram muito categóricos em afirmar que não faz sentido hoje qualquer conteúdo que não seja pensado para o ambiente mobile. Segundo o diretor da France Television, Eric Scherer, toda a indústria de mídia precisa se mover para uma estratégia “mobile first”. Ele lembra que Facebbok e Google quase perderam essa onda e rapidamente mudaram suas estratégias e hoje veem o segmento mobile ser mais relevante do que o ambiente desktop, e os grandes produtores de conteúdo precisam fazer a mesma coisa. “Mobile é a primeira tela, e não apenas mais uma forma de distribuição. É um mundo totalmente novo de relacionamento, contextualização e personalização. Não é uma tecnologia apenas, é um comportamento. Vivemos a Era das Telas”, disse ele.

Para ele, não se trata apenas de produzir para smartphones e tablets, mas produzir com essas ferramentas. “Hoje as pessoas passam 177 minutos por dia usando apps móveis, contra 168 minutos assistindo a TV”, aponta. Segundo os dados trazidos pela France Television, a geração de até 20 anos assiste mais tempo de conteúdos de vídeo no celular do que na TV convencional, e estão produzindo por meio de plataformas como Instagram, Vine, Snapchat e Periscope.

Para Matt Stagg, diretor de estratégia da operadora de telecomunicações britânica EE e fundador da Mobile Video Alliance, 45% do uso das redes da EE hoje já são dedicados exclusivamente a vídeo, percentual que chegará a 75% em mais dois anos, diz ele. “Como operador, eu sei que o que o meu usuário quer é vídeo. A rede tem que ser preparada para isso e os serviços têm que ser interessantes”.

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Para a EE, as principais barreiras para a expansão ainda maior dos serviços de vídeos móveis estão relacionadas aos planos de dados. Segundo ele, 41% das pessoas acham que os planos de dados são caros para consumo de vídeo, 36% acham que o conteúdo é que é caro, 22% reclamam que a velocidade é baixa, 19% acham que a cobertura é ruim, 18% reclamam do dispositivo, 17% acham que a qualidade é ruim e 14% acham que o conteúdo é ruim. Como solução, a EE está desenvolvendo, para algumas ocasiões específicas, como jogos de futebol, um modelo de broadcast sobre a rede LTE, juntamente com a BBC. A empresa utiliza a tecnologia eMBMS.

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