Oi briga com ISPs para abocanhar mercado de fibra

Foto: Pixabay

A estratégia da Oi de reverter a queda das receitas e melhorar o desempenho financeiro está centrada sobretudo na fibra ótica. A companhia mantém em seu planejamento a estratégia de aproveitar a infraestrutura de transporte, com expectativa de aumento da margem no segmento de atacado, incluindo a venda de capacidade para outras operadoras e provedores regionais. Mas a ideia é abocanhar mais mercado residencial, não apenas migrando de sua base de cobre. E o alvo são justamente os ISPs.

Este alvo havia sido estabelecido em junho, mas a guerra já começou. O diretor comercial da operadora, Bernardo Winick, destacou durante teleconferência de resultados financeiros do trimestre nesta quinta, 15, que a competição no segmento de fibra é "muito intensa", mas que o avanço da operadora tem se dado justamente em lugares onde provedores regionais atuam. "Estamos competindo basicamente com ISPs em algumas áreas onde colocamos a rede, e o resultado é que, com nossa marca forte, atividade comercial e qualidade da rede e da velocidade que oferecemos, conseguimos boas taxas de ocupação", afirma.

Ou seja, a empresa tem procurado não bater de frente com outras grandes operadoras, mas sim aproveitar a capacidade e escala que tem para brigar pela retomada da fatia de mercado que o grupo de pequenos tomou dela, quando a ultrapassou no terceiro lugar em quantidade de acessos de banda larga. "A competição em grandes cidades, especialmente em áreas verticais, é mais intensa, e por isso estamos priorizando na nossa expansão áreas de subúrbio, onde competimos com ISPs, e não verticais." 

Notícias relacionadas

Não é a única frente. A Oi ainda quer migrar da tecnologia de cobre (VDSL) para o de fibra até a residência (FTTH), e, com isso, avançar sua cobertura com a infraestrutura ótica. Na revisão do plano estratégico, a empresa já havia aumentado a meta de homes-passed em 60% em dois anos, totalizando a projeção de 16 milhões de HPSs no final de 2021, com grande aumento também na taxa de penetração. 

"Estamos confiantes em ter os resultados na troca do cobre", afirmou o CFO da empresa, Carlos Brandão. O otimismo se dá por conta da taxa de ocupação de homes-passed em FTTH, que aumentou 10,2% considerando dados de julho, chegando a 291 mil casas conectadas com a tecnologia em 2,8 milhões de HPs. Vale destacar que a ideia da "troca" não é somente na sobreposição da cobertura, mas pela expectativa de migrar o fluxo de receitas para o produto com maior margem. 

1 COMENTÁRIO

  1. Oi nunca mais, nem se me pagarem! Não quero nada dessa empresa de merda que só me enganou por longos anos, graças a Deus que hoje posso escolher entre todas as operadoras disponíveis no Brasil e a Oi, como já disse, nem se me pagarem.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!