América Móvil planeja reduzir Capex para 2020 e vender torres

Foto: pixabay.com

Embora tenha mostrado crescimento de receita e lucro mesmo durante um trimestre inteiro sob pandemia do coronavírus, a América Móvil procura formas de otimizar investimentos e reduzir custos. A controladora da Claro Brasil (Claro, Embratel e Net) está analisando uma possível venda ou separação estrutural (spin-off) da unidade de torres, embora ainda seja cedo para determinar qual plano seria o melhor, nem onde. O que a empresa sabe é que deverá reduzir os investimentos previstos para 2020.

O CEO da AMX, Daniel Hajj, diz que está revisando o Capex para este ano, mas avisa que ainda não sabe qual o tamanho da redução exatamente, uma vez que dependerá de como a rede será usada. "Vamos reduzir o Capex, estamos revisando isso e vamos ver como o tráfego vai se comportar. As vendas também, já que parte dos investimentos está relacionada a isso", disse ele durante teleconferência de resultados do segundo trimestre nesta quarta, 15.

Hajj afirma que a América Móvil é uma empresa "flexível e que se move rápido". Portanto, poderia se adequar durante o segundo semestre para analisar o quanto seria possível reduzir. Segundo o executivo, na primeira metade do ano já houve redução de custos com vendas e marketing relacionados à operação, com "boas negociações em capex". Contudo, houve mais gastos com "bad debt", isto é, inadimplência. 

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Vale lembrar que no trimestre anterior, a AMX havia determinado que o Capex em 2020 seria de US$ 8,5 bilhões em 2020. No segundo trimestre, a empresa dedicou 64 bilhões de pesos mexicanos (US$ 2,87 bilhões). 

Torres

Outro projeto da companhia está relacionado à amortização da dívida com a venda ou separação de ativos. Em junho, a controladora da Claro aumentou a dívida líquida em quase 90 milhões de pesos somente neste ano, totalizando 765 bilhões de pesos (US$ 34,18 bilhões) ao final do primeiro semestre.

"A única coisa que temos hoje é 60 mil torres na América Latina e Europa. Estamos analisando as diferentes alternativas para dar valor aos acionistas e reduzir as dívidas", declarou Hajj. "Ainda não sabemos se venderemos esses ativos ou se será spin-off, nem se será em todos os países ou só em algumas regiões. Estamos analisando o que seria melhor", complementou. 

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