Akamai acelera investimentos durante pandemia e vê oportunidades em edge

Foto: Pixabay

O considerável aumento de tráfego de Internet causado na esteira da pandemia do novo coronavírus (covid-19) motivou investimentos agressivos da Akamai durante os últimos meses. Ao TELETIME, a empresa de rede de entrega de conteúdo (CDN) também revelou que vê o edge computing como uma oportunidade emergente de negócios ao lado de operadoras de telecom.

Diretor geral da Akamai no Brasil, Claudio Baumann afirmou que "só aqui no Brasil, no segundo trimestre, a gente investiu algumas dezenas de milhões de reais em servidores adicionais". No intervalo, pouco mais de mil novos servidores foram adquiridos (parte deles ainda deve ser implementada). "Estamos acelerando tanto quanto possível", pontuou Baumann. Globalmente, a Akamai totaliza mais de 260 mil servidores em sua CDN.

A presença, segundo Baumann, credencia a empresa como "um bom proxy de como a Internet tem evoluído" durante o período de pandemia. Se em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior houve alta de 112% no tráfego notado pela empresa, apenas no intervalo entre março e maio de 2020, dados preliminares indicam um incremento de 34% no volume trafegado.

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As aplicações que lideram o aumento no tráfego da CDN da Akamai são o consumo de streaming, de gaming e atualizações de software. Entre os principais clientes que hospedam conteúdos na rede de entrega da companhia estão e-commerces, bancos e outras empresas com modelo de negócio baseado em Internet, como algumas redes sociais e provedoras de vídeo.

Edge

Dada a capilaridade da rede de CDN da Akamai, a empresa vê o edge computing (ou a computação de "borda" considerada essencial ao 5G) como oportunidade de negócio. Hoje, a empresa já tem desenvolvido soluções para Internet das Coisas (IoT) e aplicações do tipo "edge workers" baseadas na arquitetura, mas pretende ampliar a atuação.

"No Brasil, em conversa com clientes, muita gente tem olhado para isso e fazendo testes. Ainda não têm tantas aplicações práticas [por aqui], mas fora do Brasil já temos alguns casos bem interessantes", pontuou Baumann, notando que um modelo de parceria de infraestrutura com as operadoras também está no radar.

"Eu enxergo um espaço extremamente interessante para serviços white label para a própria telco, alavancando essa infraestrutura que a gente já tem implementados", afirmou o diretor geral da Akamai, usando como exemplo serviços já prestados para operadoras nesse modelo, como DNS.

Segurança

No presente, contudo, um segmento que tem sido prioritário na companhia é o mercado de cibersegurança. "Segurança é o que mais cresce em volume de negócios no ano contra ano", afirmou Baumann.

"Hoje, a gente processa mais de 37 milhões de ataques mitigados por hora", pontuou o executivo. Segundo ele, com a pandemia o volume de incidentes está aumentando, uma vez que há mais dispositivos expostos por conta do home office. Mas para Baumann, o fato da Akamai ter servidores espalhados de maneira abrangente permite vantagens como o "bloqueio na origem, e não no firewall do cliente" em situações tais quais ataques DDoS (de negação de serviço).

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