Netflix apoia fusão Charter/Time Warner Cable

A fusão entre a operadora norte-americana de cabo Charter Communications com a Time Warner Cable ganhou um apoio importante da Netflix. A empresa de vídeos over-the-top (OTT) enviou na terça-feira, 14, documento à agência reguladora dos Estados Unidos, a Federal Communications Commission (FCC), declarando-se favorável à transação de US$ 55 bilhões (com dívida, o acordo chega a US$ 78,7 bilhões). O motivo é simples: a nova política de troca de tráfego da Charter, que promete gratuidade na interconexão pelos próximos três anos.

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Isso aconteceu porque a própria operadora enviou documento à FCC, também na terça-feira, oficializando a política de peering. Nele, a Charter declara que o modelo atualizado inclui o "comprometimento de manter sua política de acordo de gratuidade até 31 de dezembro de 2018", garantindo que o acordo de interconexão não terá nenhuma cobrança e que "cada parte vai manter capacidade suficiente para suportar as sessões de Internet iniciadas por consumidores". A empresa diz ainda que o comprometimento garante a aprovação da transação com a TWC por ser de interesse público.

Em consequência disso, a Netflix também oficializou à agência norte-americana o apoio à fusão após a divulgação das novas regras de troca de tráfego. "A nova política de peering da Charter é um distanciamento bem-vindo e significante dos esforços que alguns ISPs têm feito de coletar taxas de acesso na Internet", diz a carta assinada pelo vice-presidente de políticas públicas globais da OTT, Christopher Libertelli. Assim, a empresa diz que a transação Charter/Time Warner Cable é de interesse público, já que suportará o aumento da demanda do consumidor por serviços online, além de "ajudar a promover a inovação contínua pelo ecossistema da Internet".

Importante lembrar que as novas regras de neutralidade da Open Internet não proíbem acordos de interconexão, tratando apenas de isonomia no tráfego na última milha. A FCC considera que o acesso à banda larga como um serviço de telecomunicações sujeito às regras do setor, que incluem provisões para o funcionamento da infraestrutura. Dessa forma, disputas comerciais serão revisadas caso a caso, considerando que são "primariamente em termos comerciais e que envolvem algumas corporações muito grandes, incluindo companhias como provedores de trânsito e redes de entrega de conteúdo (CDN) que agem em nome de menores provedores de última milha".

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