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Índice de acesso a Internet em dois terços dos municípios brasileiros é menor que nos grandes centros urbanos

Foto: Pexels

A pesquisa “Fronteiras da inclusão digital: dinâmicas sociais e políticas públicas de acesso à Internet em pequenos municípios brasileiros“, lançada nesta terça-feira, 14, mostra que apesar do avanço de conectividade em municípios de até 20 mil habitantes, o percentual de usuários de Internet entre os indivíduos que vivem nesses municípios ainda é significativamente menor do que o verificado entre aqueles que vivem em centros urbanos com mais de 100 mil habitantes.

Os dados coletados da pesquisa produzida e coordenada pelo Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Cetic.br|NIC.br), em parceria com o Programa de Acesso Digital (DAP) da Embaixada Britânica no Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que, nos municípios com mais de 20 mil habitantes, 66% da população possui acesso à Internet, enquanto que nos grandes centros urbanos essa taxa alcança o patamar de 79%.

O Brasil possui 3.770 municípios com até 20 mil habitantes, que representam dois terços de todos os municípios brasileiros. Ao todo, concentram 31,6 milhões de habitantes, o que corresponde a 14,8% da população brasileira, atesta a pesquisa.

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Os dados também mostram que as barreiras mais comuns para a falta de acesso por indivíduos que vivem em municípios com até 20 mil habitantes referem-se às habilidades para o uso. Assim, 72% dos entrevistados da pesquisa relataram falta de habilidade com o computador, seguido de falta de interesse, como resposta de 63% dos pesquisados; falta de necessidade, em 56%; preocupações com segurança ou privacidade, em 46%; valor do serviço, para 43%; e para evitar contato com conteúdo perigoso, para 43%.

Para a conectividade nos domicílios, o preço é a maior barreira. Segundo a pesquisa, 62% dos entrevistados relataram não ter internet em casa por conta do preço, seguido pelo fato de os moradores não saberem usar a rede, 52%, e pela falta de interesse, 51%. “Quando analisado apenas o principal motivo para não ter Internet na residência, em aproximadamente um quarto, 28%, dos domicílios sem conexão, o valor do serviço foi declarado como a principal barreira.

Qualidade de conexão

No que se refere à qualidade da conexão, a pesquisa aponta que, considerando o país todo, houve um aumento no acesso por fibra ótica. A tecnologia é responsável por 47% dos acessos em 2020, mas esses patamares ainda não foram alcançados por pequenos municípios.

Nos domicílios dos municípios analisados, dos 63% com acesso à Internet, 36% acessam a rede por meio de conexão via cabo ou fibra ótica; 10% por conexão via satélite e 9%, por rádio.

A pesquisa mostra ainda que 23% destes domicílios acessam a Internet por meio de conexão móvel via modem ou chip 3G ou 4G. Além disso, os municípios com até 20 mil habitantes enfrentam desafios para expandir o uso de dispositivos apropriados. A maioria, 88%, dos usuários acessa a Internet pelo telefone celular por meio de Wi-Fi, e 69% usam 3G ou 4G.

O estudo “Fronteiras da inclusão digital: dinâmicas sociais e políticas públicas de acesso à Internet em pequenos municípios brasileiros” está disponível gratuitamente para download por meio deste endereço.

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