Ligga tem alta de 18% na receita puxada por aquisição de base da Sercomtel

Crédito: Divulgação

Apoiada em medidas de reestruturação, a Ligga Telecom elevou as receitas e os principais indicadores financeiros no primeiro trimestre deste ano, de acordo com balanço financeiro divulgado na quarta-feira, 14. Contudo, o resultado líquido ainda mostra que a empresa segue em prejuízo.

Confira, a seguir, os principais números da Ligga no período, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado:

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  • Receita líquida de R$ 160,6 milhões (+18%);
  • EBITDA ajustado de R$ 85,4 milhões (+35%);
  • Margem EBITDA ajustada de 53% (+7 pontos percentuais);
  • Lucro operacional de R$ 30,8 milhões (+26%);
  • Prejuízo líquido de R$ 15,3 milhões (+21%).

Receita em alta com ampliação de base

A receita operacional líquida da Ligga avançou 18% no primeiro trimestre, chegando a R$ 160,6 milhões.

Em março, a empresa ampliou a carteira de clientes de banda larga com a aquisição de aproximadamente 40 mil acessos da Sercomtel, fechando o trimestre com 327 mil assinantes. "Já é possível ver uma representatividade de 6% dessa base na nossa receita bruta", indicou a Ligga.

O total de casas passadas – isto é, residências que podem contratar o serviço de fibra – chegou a 2,12 milhões, alta de 2% na comparação anual.

Indicadores financeiros

No balanço, a Ligga atribuiu a expansão dos indicadores financeiros a "uma série de iniciativas que foram realizadas no ano de 2024", as quais "já se materializaram no início de 2025".

Com isso, o lucro operacional avançou 26%, para R$ 30,8 milhões, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado teve alta de 35%, chegando a R$ 85,4 milhões. A margem EBITDA ajustada subiu sete pontos percentuais, para 53%.

Embora tenha avançado nos principais indicadores, a Ligga registrou prejuízo líquido de R$ 15,3 milhões. As perdas são 21% maiores do que as apuradas no mesmo intervalo do ano passado. Vale destacar que as despesas financeiras cresceram 24% no primeiro trimestre, para R$ 76,7 milhões, muito em função da quinta emissão de debêntures, cujos títulos são atualizados pelo índice oficial de inflação do País (IPCA).

Lançamento do 5G

No informe financeiro, como adiantado por TELETIME em março, a Ligga confirmou o início dos testes do serviço de telefonia móvel 5G – a operadora detém os direitos da frequência de 3,5 GHz no Paraná. A expectativa é de que o serviço seja lançado comercialmente em Curitiba ainda este ano.

"Buscando expandir sua atuação no mercado, a Companhia deu início aos testes referentes ao projeto Ligga Móvel, que disponibilizará o serviço de telefonia móvel com tecnologia 5G", diz Rosangela Miqueletti, diretora presidente da operadora, em trecho do balanço.

"A iniciativa tem como foco o alcance de clientes da base, possibilitando a oferta integrada de serviços de Banda Larga e Telefonia Móvel", acrescentou.

Segundo a CEO, a empresa também está fechando "parcerias com provedores de infraestrutura para maximizar o retorno sobre os investimentos de 5G". O objetivo é reduzir o capex, que fechou o primeiro trimestre no montante de R$ 32,5 milhões.

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