'Bola de fogo' vista no Brasil foi resto de foguete da SpaceX, afirma Bramon

Clarão no céu foi visto inicialmente em Brasília por volta das 18h30. 'Bola de fogo' foi causada por reentrada de foguete da SpaceX. Imagem: Reprodução/@ChengNV via X

Moradores de diversas cidades brasileiras foram surpreendidos na noite dessa terça-feira, 14, com uma 'bola de fogo' que iluminou o céu. Nesta quarta-feira, 15, a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) confirmou que o fenômeno se deu pela reentrada de parte do foguete Falcon 9 da SpaceX – lançado pela empresa em 2014.

Em outras palavras, o espetáculo luminoso foi resultado de lixo espacial. "A missão AsiaSat 8 foi lançada a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, e o segundo estágio do foguete ficou em órbita por quase 11 anos até reentrar na atmosfera terrestre", apontou a análise. 

De acordo com a Bramon, o objeto luminoso pode ser observado em cidades do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia. "As imagens capturadas indicam que o objeto foi inicialmente percebido em Brasília às 18h24 e desapareceu no céu da Bahia às 18h28", destacou o órgão – indicando que a velocidade é incompatível com a de um meteoro comum.

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"Este estágio de foguete foi lançado em 5 de agosto de 2014, como parte da missão que colocou em órbita o satélite AsiaSat 8, um satélite de comunicações geoestacionário destinado a fornecer serviços de transmissão para a região Ásia-Pacífico", afirmou a análise.

Sustentabilidade espacial

Eventos como esse podem se tornar cada vez mais comuns, à medida em que novos satélites e foguetes são lançados. Segundo a Bramon, a reentrada do foguete Falcon 9 no Brasil destaca a importância do "monitoramento contínuo de objetos em órbita e da colaboração entre organizações para identificar e analisar fenômenos celestes".

A Starlink, por exemplo, já soma mais de 7 mil satélites. E, muito em breve, o projeto Kuiper (Amazon) deve adicionar mais 3,2 mil satélites LEO. Alguns dos artefatos da empresa de Elon Musk já deixaram de funcionar. Ao fim da vida útil, esses objetos são programados para reentrar na atmosfera e se desintegrar de forma controlada. 

Vale lembrar que a pauta da sustentabilidade espacial foi um dos temas prioritários do Brasil debatido em reunião com o BRICS no início deste ano. Já no mês passado, a Anatel incluiu esse assunto como prioridade em uma leva de estudos voltados aos satélites de baixa órbita.

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