Algar avança na receita, mas consolidação e efeitos externos impactam em prejuízo

A receita líquida de serviços da Algar Telecom cresceu 6,5% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2022, segundo informou a companhia no balanço financeiro divulgado no final da sexta-feira, 12. No total, foram R$ 682,9 milhões nos três primeiros meses deste ano. Mas com os investimentos, finalização da consolidação da Vogel e efeitos externos, a empresa de Uberlândia acabou registrando prejuízo de pouco mais de R$ 10 milhões no período.

Esse resultado da receita foi fruto de desempenho positivo tanto na área corporativa quanto na de consumidor. No B2B, a maior unidade de negócio da operadora mineira, o aumento foi de 4,1%, total de R$ 469,6 milhões. Já na área B2C, o total foi de R$ 213,3 milhões após um crescimento de 12,4%, tido pela administração da empresa como o maior avanço dos "últimos trimestres".

Em mensagem, o conselho de administração da empresa destacou um cenário macroeconômico "que segue desafiador", com nível de taxas de juros, pressões inflacionárias e incertezas globais como principais fatos. Assim, a companhia vê que, após aquisição da Vogel Telecom (concluída em agosto de 2021) e das expansão de redes e área de atuação, "é hora de ocupar a infraestrutura construída" e de "começar a colher os frutos desta aquisição". Assim, após a adaptação de redes e demais elementos da operação, a empresa seguirá como uma operação única.

Notícias relacionadas

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) aumentou 3,4%, chegando a R$ 281 milhões no trimestre. A margem EBITDA aumentou 1,9 ponto percentual, ficando em 41,4%. Segundo a empresa, o desempenho é reflexo da integração com a Vogel Telecom e de iniciativas de eficiência operacional e digitalização.

A Algar investiu R$ 189,9 milhões no primeiro trimestre, montante 14% abaixo do ano passado. A relação Capex/Receita Líquida ficou 3,6 p.p. abaixo, em 13,4%. A dívida líquida encerrou março em R$  2,847 bilhões, excetuando efeitos do padrão contábil IFRS 16. 

Assim, com um "maior volume de amortização e depreciação, oriundo dos investimentos realizados nos últimos anos e, principalmente, pelo efeito do aumento das taxas de juros no serviço da dívida", a companhia reverteu o lucro tanto do primeiro trimestre de 2022 quanto o do último trimestre daquele ano, encerrando os três primeiros meses de 2023 com prejuízo de R$ 10,3 milhões

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!