A primeira meta de Zeinal Bava como presidente da Oi foi botar a casa em ordem, especialmente no aspecto financeiro, focando na redução de Opex e Capex, além de equacionar a dívida líquida, para dar mais flexibilidade financeira à companhia. As ações começam a mostrar resultados, vide o balanço do primeiro trimestre, e agora o executivo já fala nos próximos passos: o grande desafio da empresa para 2015 e 2016 será retomar o crescimento em receita. "Mas tem que ser um crescimento com rentabilidade", pontuou, durante teleconferência com analistas nesta quinta-feira, 15.
Até o momento, Bava priorizou o segmento pré-pago em mobilidade, por se tratar de um serviço que gera menos custos e tem menos risco financeiro. Agora, já planeja um reposicionamento na área residencial, iniciado pela reformulação da oferta de TV por assinatura, relançada em abril com maior cobertura e mais canais em HD. Também haverá um reposicionamento da companhia nos segmentos pós-pago e corporativo, promete Bava. A empresa já está mais cautelosa nas vendas de linhas pós-pagas. O foco são clientes de alto valor, para reduzir o risco de inadimplência.
Questionado sobre o fato de a Oi não ter crescido em receita de mobilidade tanto quanto seus concorrentes no primeiro trimestre, Bava destacou que a rentabilidade da operadora por minuto é maior que aquela dos seus competidores, pois seu MOU (média de minutos por usuário por mês) é 30% a 40% menor.
Finanças
O CEO da Oi destacou que a companhia manterá ao longo deste ano "uma forte disciplina financeira". E reafirmou o interesse de vender mais ativos para reduzir a dívida. Entre 1,5 mil e 2 mil torres móveis e outros ativos não estratégicos devem ser alienados no médio prazo.