Algar Telecom tem crescimento no lucro, mas queda na receita

A Algar Telecom registrou um lucro líquido de R$ 16,6 milhões no primeiro trimestre de 2013, um aumento de 10,2% que a companhia justifica pela melhor performance operacional. De acordo com o balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 15, os investimentos no período totalizaram R$ 70,6 milhões (contra R$ 54,5 milhões no ano passado), sendo que 69% foram direcionados para a expansão de rede, com destaque para redes de banda larga; 28% para garantir a manutenção e a qualidade das operações; e 3% para o crescimento dos serviços de tecnologia de processos e negócios.

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O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 94,5 milhões, acima 10,4% em relação com o mesmo período em 2012. A margem EBITDA alcançou 22%, aumento de dois pontos percentuais. Considerando somente o setor de telecomunicações, o EBTIDA foi de R$ 83,2 milhões, aumento de 10,3%. A margem do setor cresceu três pontos percentuais, atingindo 27%.

O resultado financeiro líquido da Algar Telecom ficou em R$ 21,5 milhões, contra R$ 21,4 milhões em 1T12. A companhia afirma que o resultado foi devido às maiores despesas de juros e à maior dívida média, apesar desses dois elementos terem sido compensadas pela redução na taxa média do CDI e aumento da receita em aplicações financeiras.

A receita bruta atingiu R$ 558,5 milhões no primeiro trimestre, queda de 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2012. A receita líquida também caiu: 1,5%, total de R$ 430,2 milhões no período. Considerando somente o setor de telecom na empresa, a receita foi de R$ 426,6 milhões, crescimento de 0,2%.

Linhas fixas

Os negócios fixos avançaram 1,2%, acumulando R$ 353 milhões. As receitas de serviços de voz fixa tiveram o pior resultado, amargando uma queda de 19,6% e fechando março com R$ 95 milhões. A companhia alega que "o resultado é explicado pela redução das receitas de telefonia local, longa distância e da retração na venda de cartões", além de culpar principalmente o crescimento da base móvel no País, que aumentou o tráfego móvel-móvel.

Em compensação, a área de outros serviços (como aluguel de infraestrutura) cresceu 31,3%, totalizando R$ 12 milhões, enquanto os negócios de TV por assinatura avançaram 22,4%, total de R$ 23,3 milhões no trimestre. O uso de rede acumulou R$ 18,4 milhões em receitas, crescendo 12,7% em relação ao mesmo período no ano passado. A área de maiores receitas continuou sendo a de dados, com R$ 204,2 milhões, crescimento de 9,7%, em virtude do aumento da base de clientes de banda larga (que teve crescimento de 18,8%) e dos serviços para o mercado corporativo (crescimento de 8,7%).

Móvel

Considerando somente o negócio móvel, ou seja, a operadora CTBC, a Algar Telecom registrou queda de 4%, fechando os três primeiros meses do ano com R$ 73,6 milhões. O desempenho se justifica pela queda significativa de 62,8% nas receitas de interconexão, que somaram R$ 5,6 milhões no período. A companhia justifica o número pela nova metodologia de cobrança de tráfego móvel-móvel local adotada pela Anatel com o PGMC a partir de janeiro deste ano.

Mas os serviços de voz, a maior fonte de receitas móveis, compensaram com crescimento de 6,8%, fechando março com R$ 51,3 milhões. Banda larga (ou seja, dados em 3G) obteve R$ 9,6 milhões (37,9% de aumento), enquanto serviços de valor agregado (SVA) obteve R$ 2,1 milhões, avanço de 15,2%. A receita com aparelhos e acessórios totalizou R$ 4,9 milhões, crescimento de 4,4%.

Operacionais

A Algar Telecom contabilizou 2,406 milhões de unidades geradoras de receitas (UGR) até o final de março, crescimento de 16,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O serviço de banda larga (fixo e móvel) atingiu 420 mil acessos, avanço de 16,3%. Considerando somente as conexões xDSL, houve um aumento de 8,5%, totalizando 764 milhões de UGRs. A empresa diz que o desempenho fixo foi em decorrência dos planos de Internet de até 100 Mbps. Os serviços de dados em 3G totalizaram 93 mil UGRs, aumento 55,3%.

A base de clientes de TV paga totalizou 120 mil clientes, aumento de 23,3%. A telefonia fixa, por sua vez, encerrou o trimestre com 1,102 milhão de linhas, crescimento de 14%. Na concessão, os pacotes triple-play teriam permitido a evolução de 714 mil para 774 mil linhas fixas. Na área de autorização, o aumento foi de 30,1%, chegando a 329 mil linhas, principalmente por conta de clientes corporativos nas cidades em torno do backbone A telefonia móvel fechou o trimestre com 764 mil acessos, aumento de 20,2%, sendo que 553 mil são pré-pagos (crescimento de 29,3%) e 210 mil são pós-pagos (aumento de 1,3%).

 

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