A Ericsson ampliou o lucro líquido em 61% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando 4,2 bilhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 490 milhões), de acordo com balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 15.
A fornecedora sueca também reportou alta de 3% nas receitas, totalizando 55 bilhões de coroas suecas (US$ 5,6 bilhões).
As vendas caíram em todo o mundo, exceto na região Américas, onde foram puxadas pelos negócios na América do Norte, possivelmente como uma forma de os clientes se adiantarem à aplicação de tarifas de importação do governo de Donald Trump.
"Na América do Norte, as vendas em Redes cresceram fortemente, beneficiando-se de contratos anteriores e investimentos acelerados em rede por outros clientes, refletindo em parte a incerteza tarifária", afirmou a empresa, em trecho do informe financeiro.
A Ericsson destacou que os resultados na América do Norte foram consistentes ao ponto de contrabalancear a baixa nos países latino-americanos. "Na América Latina, as vendas diminuíram devido à concorrência intensa e aos menores investimentos em redes de clientes", resumiu a empresa.
Na prática, em termos orgânicos, as receitas da Ericsson por região no primeiro trimestre variaram da seguinte forma:
- Américas: +20%
- Europa, Oriente Médio e África: -7%
- Sudeste Asiático, Oceania e Índia: –17%
- Nordeste da Ásia: -8%
- Outros: -6%
Expectativa para o ano
Em comunicado, Börje Ekholm, presidente e CEO da Ericsson, destacou que, no primeiro trimestre, a empresa anunciou a primeira rede programável na região da Ásia-Pacífico, incluindo a implantação de 5G Avançado com a operadora australiana Telstra. A empresa projeta fechar o ano com um portfólio de 130 rádios para redes programáveis.
Além disso, a empresa será parceira das três grandes teles norte-americanas (AT&T, Verizon e T-Mobile) no fornecimento de APIs de rede para verificação de número e SIM swap (troca de chip) ainda em 2025.
Ekholm ainda afirmou que, apesar de o cenário macroeconômico estar em "rápida mudança", a companhia vai se focar no que "podemos controlar e entregar aos nossos clientes".
O CEO ainda disse que a Ericsson "não está imune, mas resiliente", e conta com uma produção diversificada para se "adaptar a mudanças de condições ao longo do tempo". "Olhando para o futuro, continuamos confiantes em nossa forte posição em Redes Móveis e esperamos que o segmento Corporativo se estabilize durante 2025", pontuou o executivo.