A GVT expandirá sua operação para mais três cidades este ano, fora da região 2, onde concorre com a Brasil Telecom. Já está presente em Belo Horizonte, onde considera os resultados satisfatórios. Na próxima etapa, a primeira cidade será de médio porte, com até 600 mil habitantes, e o serviço será lançado em maio, enquanto as outras duas cidades, de grande porte, deverão receber a rede da empresa até dezembro. A informação é de Rosangela Sutil de Oliveira, investor relations manager, que participou nesta terça, 15, de teleconferência para apresentação de resultados da empresa para analistas de mercado e investidores. A direção da empresa diz que ainda tem muito espaço para expandir na região 2 e fora dela. Em Belo Horizonte, por exemplo, a rede está crescendo rapidamente e a cidade deverá ter peso significativo nos resultados dos próximos trimestres.
Segundo Rosangela, o momento é de crescimento acelerado. Após a oferta de ações (IPO), há cerca de um ano, a tele ainda tem demanda de clientes não atendida por falta de capacidade ou cobertura. Agora tenta atender com expansão. A executiva diz que 95% do Capex (despesa de capital) está relacionado a expansão, a crescimento da companhia. O Capex de 2008 será 20% maior que o de 2007, situando-se entre R$ 650 milhões e R$ 700 milhões. Estão previstos 500 mil novos acessos este ano, dos quais 300 mil na região II e 200 mil na área de expansão.
Infra-estrutura é prioridade
A expansão territorial é prioridade para a GVT, cuja direção admite que se preciso fará novas aquisições, desde que seja para atender a uma necessidade. ?É a lógica da GVT, adquirir empresa de infra-estrutura para expansão?, explicou o vice-presidente da unidade de negócios de varejo e internet, Alcides Troller Pinto. Referia-se à recente compra da Geodex, que atende a um terço da necessidade de backbone de longa distância da operadora. Para completar parte dos outros dois terços, admite-se nova aquisição.
E a estratégia é bem incorporada entre os executivos. Em entrevista à revista TELETIME que circula em abril, o vice-presidente jurídico da empresa, Gustavo Gachineiro, afirmou: ?Cada centavo que tivermos que reinvestir em rede, o faremos.?
A GVT deverá usar todo o aporte de capital de R$ 1 bilhão do IPO para acelerar seu plano de crescimento, construindo mais redes, melhorando a plataforma de TI, indo para outras regiões.
Fusão Oi-Brasil Telecom
Em relação à proposta de compra da Brasil Telecom pela Oi, a direção da GVT considera que a empresa não será afetada. A transação é considerada neutra para a GVT porque as empresas em processo de consolidação atuam hoje em territórios diferentes.