Apesar da queda no segmento de varejo, o desempenho da Algar Telecom no B2B proporcionou números positivos no balanço financeiro de 2018. Em especial, o presidente da empresa mineira, Jean Borges, destacou o avanço do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA), tanto no reportado quanto no recorrente. Mesmo com maiores investimentos, isso permitiu também uma melhor relação com a dívida líquida, o que proporciona melhor geração de caixa.
Especificamente, o EBTIDA da divisão de telecomunicações mostrou aumento de 18% (total de R$ 845,4 milhões), alcançando a margem de 42%. "Quando a gente olha o crescimento do lucro, já consolidando minha unidade de BPO e gestão de TI, foi um avanço de 37%", declarou ele a este noticiário nesta sexta-feira, 15.
Ao avançar no EBTIDA, a companhia conseguiu compensar o aumento da dívida, que em dezembro de 2018 era de R$ 1,547 bilhão, contra R$ 1,401 bilhão no ano anterior. "A dívida aumentou, mas a relação dívida líquida/EBTIDA melhorou de 1,7x para 1,8x, mesmo fazendo maiores investimentos – de R$ 548 milhões em 2017 para R$ 733 milhões em 2018", afirmou.
Mesmo considerando apenas valores recorrentes, a Algar apresentou avanço. O crescimento do EBTIDA recorrente em telecom foi de 10,4%, enquanto a margem subiu a 39,3%. "Ambas as dimensões são maiores quando comparadas com outros players do mercado", compara Borges.
Para 2019, os investimentos previstos para a operadora não deverão precisar de novos aportes, a menos que haja alguma oportunidade não planejada para consolidação. "A gente já fez a emissão de R$ 350 milhões em debêntures há algumas semanas, e com essa capitalização, praticamente resolvemos toda a necessidade do planejamento para o ano. O restante dos investimentos virá de caixa próprio", explica o executivo.
