As receitas do serviço de vídeo on-demand estão no modelo de assinatura, conhecido como SVOD (subscription vídeo on-demand). A análise é de Marcelo Spinassé, presidente da Truetech, que participou do congresso TV 2.0 nesta quinta-feira, 15, em São Paulo. A Truetech (empresa que oferece plataforma de distribuição digital para varejistas como Saraiva e Submarino, e também para portais e operadoras de TV por assinatura, como o serviço Sky Online) realizou uma pesquisa com 1,2 mil internautas que já consumiram vídeo sob demanda online em algum dos serviços suportados pela empresa.
Spinassé comentou que embora 90% dos resultados venham de SVOD, o que essa janela oferece são basicamente títulos de catálogo, enquanto os lançamentos estão nas janelas de TVOD (VOD transacional). “O TVOD serve para branding, traz relevância, disponibilizando o conteúdo mais atual e de maior visibilidade para os usuários”, afirmou.
A pesquisa, realizada no segundo semestre de 2011, mostrou que a maioria dos usuários prefere fazer download dos vídeos do que assistir por streaming: 82,17% afirmaram assistir aos vídeos por download, enquanto 17,83% veem por streaming. Os motivos para a escolha por download são diversos, mas 44,62% responderam que preferem fazer download por opção, para ter o arquivo no computador. Outros 15,93% disseram que não conseguiram assistir ao video online pois o mesmo travava, e outros 16,49% afirmaram que sabiam que poderiam assistir ao vídeo online, mas quiseram baixar o arquivo porque a Internet era lenta.
A velocidade da Internet influenciou na decisão da maneira de assistir aos vídeos, já que 52% dos entrevistados possuem menos de 2 Mbps de velocidade de conexão de Internet.
Apesar dos vídeos serem baixados ou assistidos por streaming online, a maneira preferida para assistir aos filmes é na TV: 82% usam o computador para acessar o conteúdo e 74% conectam o PC ou notebook às suas TVs. Entre os outros dispositivos que os usuários mais desejam ver os filmes, estão o iPad e o iPhone (17,92%), com destaque também para as TVs conectadas.
Quando o assunto é conteúdo, o que os consumidores querem encontrar são os últimos lançamentos (15,46%), séries de TV (10,96%) e conteúdo em alta definição (10,57%).