Políticas de inclusão digital devem focar em ampliação de infraestrutura e no acesso significativo

Foto: Rebecca Omena

No Seminário de Políticas de (Tele)Comunicações, que aconteceu nesta terça-feira, 15, representantes da sociedade civil apontaram que a questão da ampliação da infraestrutura de telecomunicações ainda não está resolvida, como se observa nos discursos de alguns representantes da Anatel e do Ministério das Comunicações (MCom).

Bia Barbosa, representante do Diracom – Direito à Comunicação e Democracia, opina que a agenda de conectividade ainda é algo que deve nortear todas as políticas públicas do setor de comunicações do governo. "A política deve ser para além da conectividade. E também entendemos que o problema da conectividade ainda não foi resolvido no Brasil", disse Barbosa no segundo painel do evento. Ela citou como exemplo a cidade de São Paulo, onde ainda há bolsões de pessoas sem acesso à Internet.

Ela também reforçou que é preciso direcionar as políticas públicas de conectividade. "A gente precisa de políticas públicas que garantam banda larga fixa e não apenas móvel. No GT de Transição de governo, apontamos que além da conectividade, é preciso que ela seja significativa", afirmou a representante do Diracom.

Notícias relacionadas

As ações do governo

Por outro lado, Maximiliano Martinhão, recém nomeado secretário de Telecomunicações do MCom, afirmou que o Brasil possui iniciativas de conectividade. "Nós temos medidas bem desenhadas de conectividade que está prevista no leilão do 5G. E tudo feito no regime privado. Também não podemos esquecer os milhares de provedores de acesso à Internet Brasil afora." Martinhão também destacou as iniciativas e programas que estão ampliando a conectividade nas escolas.

O comandante da Setel destaca que o setor privado tem feito o seu papel, e que a ampliação da conectividade está sendo feita por estes atores. "O setor de telecomunicações é um setor dinâmico, e uma peça fundamental disso é a flexibilidade para implementar políticas", apontou.

Sobre ampliação de infraestrutura, Martinhão citou os recursos disponibilizados do Fust, que têm liberados R$ 600 milhões de recursos reembolsáveis de R$ 48 milhões de recursos não reembolsáveis. "O foco deste ano é a inclusão digital. E o setor de telecomunicações dever dialogar com todos os setores para chegarmos às melhores formas de resolver isso", finalizou.

Para Vitor Menezes, diretor de relações institucionais da Ligga Telecom, é preciso que seja criada um conjunto de ações regulatórias para o crescimento na área de inclusão digital. Ele citou as disputas nos compartilhamento dos postes, por exemplo, que atinge operadoras de diversos tamanhos. "O caso dos postes para nós é importante e temos visto que a Anatel tem olhado para isso. E precisamos de soluções orientadas ao mercado", defendeu.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!