Malwares para Android crescem 1400% no primeiro semestre de 2011, afirma Trend Micro

Pesquisadores do laboratório global da empresa de segurança virtual Trend Micro detectaram, entre os meses de janeiro e julho de 2011, um aumento de 1410% na quantidade de malwares direcionados para dispositivos Android. Esse número inclui ataques por meio de redes sociais como Facebook, criação de URLs maliciosas e de sites para phishing que também podem ser acessados via dispositivos móveis.

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Em comparação com 2010, a empresa constatou uma maior diversidade dos tipos de ataque, prevalecendo os ataques para roubo de dados e para levar usuários a fazerem uso e pagar por serviços que não autorizaram a contratação. O ataque menos utilizado, no período analisado, foi o chamado “rooter”, em que o cracker assume total controle do aparelho móvel e de suas funções.

Segundo o diretor de serviços e suporte da Trend, Leonardo Bonome, mantida a atual curva, 120 mil aplicativos maliciosos estarão disponibilizados para usuários de Android até o fim de 2012. “O Google vem tomando algumas iniciativas para resolver essa janela de vulnerabilidade, investindo bastante em novas medidas de segurança. Mas, com a própria popularização do Android, isso já era esperado pelo mercado. Quase 51,9 milhões de dispositivos utilizam o Android hoje. É natural que as ameaças migrem para esse tipo de dispositivo”, disse Bonome.

Recentemente, o Google divulgou um comunicado negando que tenha havido um aumento no número de malwares para Android em 2011. Segundo dados colhidos pela companhia, entre a primeira e a segunda metade do ano passado, a quantidade de novos códigos maliciosos descobertos teria caído 40%. A empresa também anunciou a adoção do filtro “Bouncer”, responsável pela checagem dos novos aplicativos enviados pelos desenvolvedores para sua loja, o Android Market.

"A tendência é que, conforme cresça o controle para identificar a origem dos aplicativos, haja um impacto significativo no sentido de reduzir a exposição do usuário. Em comparação com o modelo adotado pela Apple (iOS), que é mais centralizador, vemos que o Google adota um modelo de negócios mais descentralizado. Se por um lado isso permite maior rapidez e flexibilidade, o contraponto é que muitas vezes ocorre uma perda de controle sobre o material produzido", diz o executivo da Trend Micro.

Segundo Bonome, a tendência é que o Google mantenha seu modelo de negócios, porém, aumente o rigor na disponibilização de aplicativos. “Acho que o Google não vai centralizar o processo, mas implementar políticas que todas as empresas que disponibilizam no Android Market vão ter que seguir, como determinados padrões e regras dentro dos aplicativos desenvolvidos”, disse.

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