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Indústria se divide sobre relação entre 5G standalone e diversificação de fornecedores

Foto: Pixabay

Entre as principais fornecedoras de telecom do mercado brasileiro, não há consenso se a adoção do 5G standalone (baseado em core de rede de quinta geração ao invés de um núcleo 4G existente) favorecerá a diversificação de fornecedores e/ou a adoção do padrão de redes de acesso abertas e com múltiplos fornecedores (OpenRAN).

“O OpenRAN apresenta completa sinergia com redes standalone”, argumentou o diretor de soluções da Nokia para América Latina, Wilson Cardoso, em entrevista a TELETIME. Compartilhada pela Cisco, a visão foi diferente da manifestada por Ericsson, Huawei e Qualcomm sobre o mesmo assunto.

Segundo Cardoso, como um grande benefício do OpenRAN é justamente a centralização na nuvem do controle das estações radiobase, a sinergia com redes 5G standalone (ou simplesmente SA) seria clara. Como exemplo, o executivo citou projeto da operadora norte-americana Dish que conjuga as duas tecnologias com apoio da própria Nokia.

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O diretor de operações da Cisco, Junot Pitangue, seguiu caminho similar ao afirmar que o 5G standalone “definitivamente” tornará mais fácil a convivência com o OpenRAN e introdução de novos fornecedores nas redes 5G. Isso porque, em sua avaliação, o SA deve representar um “novo paradigma” para o setor, mais propenso a ferramentas open source e ambientes multi-vendor. Este novo modelo de operação estaria em linha com a lógica das redes abertas.

Neutralidade

VP de redes da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Marcos Scheffer não compartilha da mesma visão. “São assuntos que não estão diretamente relacionados. O fato do 5G ser standalone ou non-standalone em teoria não favorece ou dificulta o OpenRAN“. Segundo a fornecedora, deve levar dois ou três anos para o padrão aberto para redes de acesso atingir a maturidade necessária.

Diretor de soluções da Huawei, Carlos Roseiro também apontou um cenário de neutralidade: segundo ele, como o OpenRAN permite a montagem de redes de acesso ao estilo de peças de Lego, tanto a opção pelo SA quanto a pela tecnologia non-standalone (NSA) poderia ser realizada.

A Qualcomm tem avaliação similar. “SA ou NSA, eu acredito que em termos de implementação será muito similar. As interfaces também são abertas em direção ao core“, afirmou o diretor de desenvolvimento de negócios da Qualcomm, Helio Oyama.

Recentemente, o tema foi abordado pelo VP regulação, institucional e imprensa da TIM, Mario Girasole, em artigo publicado na Folha de S. Paulo. Segundo visão do executivo, a adoção futura do 5G SA facilitará o desacoplamento de fornecedores nas redes de acesso. Comenta-se no mercado que esta seria uma das alternativas regulatórias para que a Anatel possa induzir a diversificação de fornecedores, já que hoje boa parte das redes têm um elevado de participação da Huawei e a substituição de equipamentos teria um custo impeditivo para os operadores. Uma alternativa em análise pelos reguladores seria exigir, apenas em futuras redes Standalone, uma abordagem OpenRAN, para evitar a dependência dos mesmos fornecedores do 4G (Colaborou Samuel Possebon).

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