Para Net, desafio de 2010 é repetir 2009; novas outorgas estão na mira

O maior desafio da Net Serviços em 2010 será repetir o crescimento registrado em 2009, na casa dos 26%, fruto de investimentos próximos a R$ 1 bilhão.
O presidente da operadora, José Antônio Felix, admite que manter um crescimento desses em termos percentuais é um desafio, mas a aposta agora é continuar elevando o número absoluto de clientes da companhia. "Quando a gente decidiu manter a programação de investimentos de 2009 apesar da crise, fui taxado de inconsequente por muitas pessoas. Agora que deu certo, posso dizer que em 2010 estou sendo tão inconsequente quanto fui em 2009", brincou o executivo no almoço de fim de ano da empresa.
Felix não apresentou um valor para os aportes confirmados para 2010, mas reiterou que o investimento deve seguir a mesma linha de 2009. Uma peça-chave para conseguir assegurar essa injeção de recursos e, até mesmo, reforçar essa cifra é a obtenção de um financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O executivo contou que a Net tem tido dificuldades em conseguir verbas do banco de fomento e agora pretende se dedicar a analisar melhor os pedidos que estão sendo apresentados para tentar contornar essa situação. Ao menos dois pedidos de financiamento já foram negados pelo BNDES à Net. "Para crescer, agente precisa de financiamento. A Net hoje é uma empresa onde tudo que investimos é dinheiro nosso", declarou.

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VAle lembrar que o BNDES foi acionista da Net a partir do final dos anos 90. PEgou o período de maior exuberância dos papéis da companhia em bolsa, em 2000, mas também a crise financeira e o default da companhia, em 2002. EM consequênica disso, e das ligações da Net com a Globo, o BNDES sofreu pesadas críticas até que, finalmente, deixou a sociedade com a entrada da Telmex, em 2004.
Expansão com novas licenças
A Net também faz mistério sobre uma eventual disputa por novas licenças de cabo. Hoje a Net está presente em 93 cidades e a possibilidade de a Anatel retomar as licitações de cabo é vista com bons olhos pela companhia. Felix confirmou que a empresa já possui estudos de onde poderá disputar novas licenças, mas não revela quantas cidades estão na mira da operadora. "É difícil falar em números porque tudo depende de como a Anatel pretende fazer isso; se vai liberar licenças apenas para as cidades onde o serviço ainda não está presente ou se para todas as localidades, por exemplo, e quanto isso vai custar."
Informações obtidas por este noticiário sobre o novo Planejamento da TV a Cabo e por MMDS – que podem ser conferidas na edição da Revista TELETIME que circula em dezembro – mostram que o plano da Anatel é ser bem mais flexível do que o esperado pelas empresas. A agência estuda eliminar os leilões formais e conceder licenças a todos os interessados via chamamento público. E não deve aguardar o PL 29 ser aprovado no Senado para colocar o plano em prática.
Nesse espírito, a agência pode permitir que todas as localidades ganhem novos operadores, derrubando a predileção pelos locais ainda sem oferta do serviço. O preço ainda é a maior incógnita, mas, por ora, o plano da agência é usar o sistema de fluxo de caixa descontado para precificar as licenças.

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