Um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas que atuam no segmento de serviços de valor adicionado hoje no Brasil é a dificuldade das operadoras em faturar tudo o que é utilizado pelos assinantes. A diferença entre o que foi consumido e o que foi efetivamente cobrado do usuário é chamada pelos técnicos de ?discrepância?. Em alguns casos, a discrepância atinge até 30% da receita de dados das operadoras móveis. A afirmação é da especialista em co-billing e gerente de novos negócios da Triad Systems, Flávia Pollo. ?A maioria das operadoras não tem hoje uma plataforma à parte para gerir esse processo de faturamento de serviços de dados e o relacionamento com os parceiros?, explica.
A perda de receita acontece porque o processo de faturamento é demasiadamente complexo, dando margem a diversos fatores que podem levar ao não faturamento de alguns eventos. Mesmo nos serviços de voz ainda há ajustes a serem feitos nas plataformas de billing, que passaram por várias modificações em razão das recentes fusões de operadoras móveis no Brasil.
Para conter a perda de receita de dados, a Triad desenvolveu o que chama de ?sistema de gestão de terceiros?. Trata-se de uma plataforma para gerir o faturamento de serviços de valor adicionado e o pagamento dos parceiros de conteúdo. A Vivo instalou recentemente uma parte dessa plataforma da Triad. ?Em breve teremos uma reunião com a Telefónica na Espanha para apresentar a solução a ela também?, conta Flávia. A Triad é forte especialmente na área de co-billing, sendo a responsável pela instalação de plataformas para gerenciar o co-faturamento de chamadas de longa distância nas contas da Vivo, da TIM e da Nextel.
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