Na Brisanet, vendas via parceiros e digital são as apostas para o 5G

Roberto Nogueira. Foto: Marcos Mesquita

A Brisanet aposta no mix entre os pontos físicos junto a parceiros e na força dos canais digitais, que entram em funcionamento no final de 2024, para acelerar as vendas de planos 5G junto aos usuários.

Em conferência com analistas de bancos na manhã desta quinta-feira, 14, para comentar os resultados do terceiro trimestre, o CEO da operadora cearense, José Roberto Nogueira, explicou que os canais juntos aos parceiros, como supermercados, redes de eletroeletrônicos e lojas de informática, já estão em funcionamento.

"Os canais principais, que representam mais as vendas nesse momento, em função da presença física, estão 100%. Obviamente, no caso da plataforma digital, estamos trazendo melhorias a cada dia, principalmente para evoluir a gestão da venda e a jornada do cliente. Será um processo contínuo", afirmou ele.

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O executivo explicou que o avanço do 5G também passa pela troca dos aparelhos, para devices mais novos e com suporte à tecnologia, assim como pela atualização do software por parte das fabricantes, visando o suporte aos e-SIMs.

No terceiro trimestre, a infraestrutura da Brisanet alcançou 200 cidades, com cobertura a uma população de 9,1 milhões de pessoas. Com uma adição de 94,4 mil clientes, a base da rede móvel da tele chegou a 222,8 mil assinantes. 

Outro ponto abordado pelo CEO é o desafio de converter os usuários em assinantes de planos pós-pagos. Segundo ele, 70% dos dispositivos no Nordeste têm planos pré-pagos. "Para as operadoras, esse sempre foi o maior desafio. E a Brisanet está conseguindo aculturar, transformar esse cliente pré-pago no pós-pago. Então, já consideramos que esse aculturamento é uma grande vitória", disse. 

FWA

Aos analistas, Nogueira explicou que há duas estratégias em curso para avançar o 5G, dividido entre a rede móvel e a banda larga FWA. Entre julho e setembro, a companhia adicionou 40,2 mil clientes conectados (HCs), chegando a 1,40 milhão (+11%)

O executivo explicou que nas cidades onde a Brisanet está presente apenas com a fibra óptica, a empresa tem empregado esforços para a construção da rede móvel 5G. Por outro lado, nas cidades em que conta apenas com a disponibilidade do 5G, o movimento é mais agressivo no FWA e no móvel.

Para a empresa, o FWA é visto com uma abordagem mais voltada ao mundo corporativo, principalmente os pequenos negócios, que não contam com redundância do 5G. Assim, o FWA é visto com uma oportunidade de ter redundância de baixo custo. A empresa passou a comercializar o FWA 5G em agosto

"Onde tem fibra não vamos canibalizar a nossa fibra colocando o FWA em residências, e sim um plano corporativo, que não começamos ainda. Um dos produtos que vai entrar até o final do ano é a jornada do FWA no mundo corporativo", disse ele.

Atualmente, a provedora conta com mais de 44 mil quilômetros de infraestrutura de backbone, mais de 280 data centers e uma quantidade superior a 93 mil quilômetros de cabos FTTH (fibra até a casa).

Balanço

No terceiro trimestre, a empresa registrou lucro líquido de R$ 17,5 milhões, queda de 46,3% na comparação com igual período do ano passado. Dessa forma, a despesa financeira da Brisanet teve aumento de 35,1%, para R$ 57,1 milhões.

Neste sentido, a tele informou que os custos com serviços prestados cresceram 28%, para R$ 213 milhões. Os maiores impactos foram em relação à depreciação e amortização, que cresceram R$ 19,8 milhões, em função das expansões em curso; à expansão da equipe, com o custo com pessoal tendo alta de R$ 7,4 milhões; crescimento da conta meios de conexão em R$ 4,8 milhões; e de R$ 5 milhões com manutenção de sistemas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) apurou alta de 9,3%, para R$ 150 milhões. A margem Ebitda do trimestre fechou em 41% (-3,1 ponto percentual).

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