O Zuum, serviço de carteira móvel fruto de uma joint-venture entre Telefônica e Mastercard, abriu o uso do seu aplicativo (Android e iOS) para assinantes de todas as operadoras brasileiras. Com isso, o público em potencial do Zuum passa a ser toda a base da Vivo e mais os usuários das outras teles que possuem smartphones, o que daria cerca de 110 milhões de consumidores, nas contas do presidente da companhia, Marcos Etchegoyen. Trata-se de o primeiro serviço de carteira móvel de uma operadora brasileira aberto a clientes das concorrentes. A novidade, aliada a um incremento no investimento em marketing no Rio de Janeiro e em São Paulo, deve levar o Zuum a ampliar sua base de usuários dos 320 mil atuais para 1,2 milhão até o fim de 2015, projeta o executivo.
Na Vivo, o Zuum pode ser usado por pessoas com qualquer telefone, mesmo feature phones, pois adota o canal USSD para a comunicação com seu sistema. Nas demais operadoras, contudo, é necessário possuir um smartphone, pois as transações trafegam pela rede de dados comum. Outra diferença é que para os clientes da Vivo todas as taxas cobradas pelo Zuum são convertidas em créditos para pré-pagos ou descontos para pós-pagos. Se a linha do usuário for de outra operadora não é concedido esse benefício.
No momento o Zuum cobra R$ 2,90 por cada saque, R$ 2,90 por cada pagamento e R$ 0,99 por cada envio de dinheiro. Não há cobrança para depósitos, que podem ser feitos em qualquer lugar que realize recarga de celular. Os clientes da Zuum fazem hoje, em média, por mês, 2,8 depósitos; 3,2 compras; e 1,7 transferência.
Interoperabilidade
Ainda não existe no Brasil uma interoperabilidade entre os serviços de carteira móvel. Ou seja, não é possível transferir dinheiro de uma conta da Zuum, por exemplo, para uma do Meu Dinheiro Claro. A regulamentação do Banco Central prevê que isso será exigido no futuro e as conversas já começaram entre alguns players. Porém, Etchegoyen acredita que a interoperabilidade só venha a ser adotada quando houver massa crítica desse serviço no Brasil, o que pode demorar pelo menos mais um ano.
NFC
A Zuum não tem planos de integrar a tecnologia NFC em seu app, informa o presidente da empresa. A justificativa é que seu foco está na base da pirâmide da população brasileira no que diz respeito à renda, grupo no qual a penetração de smartphones com essa tecnologia é baixa. Seu principal objetivo é bancarizar os desbancarizados.